Introdução: A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), trouxe consigo, uma busca mundial para obtenção de métodos com o intuito de conter os efeitos provocados pela doença, bem como a erradicação do vírus e uma consequente cura. Atualmente, não há uma terapia específica, fazendo com que estudiosos destinem suas pesquisas para o desenvolvimento de um método eficaz, dentre estes, tem-se a vertente da utilização do plasma convalescente (PC) proveniente de amostras sanguíneas coletadas de pacientes curados da infecção pelo SARS-CoV-2, onde se é administrado (administração passiva de anticorpos) nos indivíduos que estão em um estágio de virulência ativo, tendo com desígnio, o fornecimento de imunidade para combater a doença. O PC ou imunoglobulina foi utilizado pela primeira vez em 1890, sendo desde então, instrumento para o tratamento de diversas patologias infecciosas. Subsequente, no século XX, a transfusão do PC como terapia foi novamente utilizada, desta vez, nos surtos de sarampo, caxumba, gripe espanhola e recentemente, ebola e H1N1. O tratamento da SARS-CoV-2 com PC, dar-se pela ausência de métodos eficazes de imunização, no qual, usufrui-se dos anticorpos produzidos em pacientes recuperados, fornecendo aos indivíduos doentes, impulso e ativismo do sistema imunológico. Assim, o esclarecimento para o benefício da terapia mediada por esta técnica é que os anticorpos adquiridos do PC, podem atuar sob o vírus, inferindo-o.
Objetivo: Discorrer acerca da importância do uso do plasma convalescente como método eficaz no tratamento de pacientes infectados pela COVID-19.
Material e métodos: Foi realizada uma revisão da literatura integrativa, mediante análise de conteúdos indexados nas bases de dados Pubmed e SciELO, pertencentes aos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre os anos de 2019 a 2020. Foram utilizados os seguintes descritores para a busca: Plasma sanguíneo; Tratamento para COVID-19; Coronavírus. Ao fim, após triagem sob uso de critérios previamente estabelecidos, foram selecionados 36 artigos.
Resultados e discussão: Com base nos estudos, verificou-se que o tratamento com PC pode ser administrado em pacientes com COVID-19, sendo indicada então, a sua inserção na fase inicial da doença, visto que o uso do método em estágios finais, bem como em pacientes críticos, não tem demonstrado êxito, uma vez que o ápice da viremia se dá na primeiras semanas após o contágio.
Conclusão: Desta forma, o uso do PC em casos de COVID-19 é apontado como seguro, sendo considerada uma terapia promissora para o controle da pandemia. Em suma, mediante dados expressos pelas pesquisas, o PC é um método potencialmente eficiente para o tratamento de patógenos emergentes e reemergentes, principalmente quando se há uma debilidade ou ausência de agentes antivirais ou vacinais com respaldo científico. É importante frisar que a administração do PC deverá ser exclusivamente na fase inicial da doença e sob acompanhamento de profissionais capacitados.