Introdução: A doença hemolítica perinatal (DHP) também conhecida como eritroblastose fetal (EF) é uma patologia decorrente do sistema imunológico, qualificada pelo acometimento dos eritrócitos do feto, acarretando em hemólise. Desta forma, a fisiopatologia dar-se pela incompatibilidade sanguínea entre a gestante e o concepto (fator Rh+ e Rh-), o que pode ser desencadeado através do parto, transfusões sanguíneas ou procedimentos invasivos no qual haja contato com o sangue, fazendo com que o sistema imune da mãe gere anticorpos contra o feto. Cabe ressaltar que a DHP dar-se pela passagem de eritrócitos fetais pela via placentária para a circulação da mãe, uma vez que se trata de antígenos diferentes dos maternos. Após a exposição a um antígeno eritrocitário, o sistema imunológico materno desenvolve anticorpos do tipo IgM, esta imunoglobulina possui um alto peso molecular o que impossibilita a sua penetrabilidade a placenta. Uma segunda exposição a esse antígeno, contribuirá para a produção acelerada de anticorpos do tipo IgG, este em especial, apresenta baixo peso molecular, com potencial para atravessar a barreira placentária, se ligando aos eritrócitos fetais, causando-lhe danos ou inferindo seu desenvolvimento. Objetivo: Discorrer acerca dos benefícios da utilização do soro antiglobulina humana anti-D para a prevenção da eritroblastose fetal. Material e métodos: Foi realizada uma revisão da literatura do tipo integrativa, baseado em conteúdos indexados nas bases de dados Pubmed e SciELO, nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre os anos de 2015 a 2020. Foram utilizados os seguintes descritores para a busca: Eritroblastose fetal; Sistema do grupo sanguíneo; Antiglobulina; resultando em um total de 42 artigos para a constituição deste estudo. Resultados e discussão: Dentre os benefícios da utilização do soro antiglobulina humana anti-D, podem ser citadas a prevenção de complicações gestacionais, patologias ou até mesmo óbito para os casos de uma segunda gestação em mães outrora sensibilizadas. Os estudos relatam a eficácia do uso da imunoglobulina anti-D, sendo justificada, pelo contato entre os anticorpos anti-D e as hemácias D-positivas, a união entre estes, diminuem e evitam a geração ativa de anticorpos anti-D em indivíduos D-negativos, corroborando para a afirmativa da erradicação da eritroblastose fetal pela utilização da antiglobulina anti-D. Conclusão: As vantagens da utilização do soro antiglobulina anti-D culmina na profilaxia e eliminação da eritroblastose fetal. Como forma de prevenção, a gestante deve tomar a imunoglobulina Anti-D, utilizada na 28ªsemana de gestação e também em até 72 horas após o parto, impedindo, assim, a geração dos anticorpos anti-D, evitando a sensibilização da mãe. No entanto, a eritroblastose fetal ainda é um agravo a saúde gestacional (mãe e filho), em resposta ao acompanhamento ineficiente das gestantes e a administração tardia da imunoglobulina.