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Vol. 42. Issue S2.
Pages 539-540 (November 2020)
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INDICE DE APROVEITAMENTO DAS BOLSAS DE PLASMA CONVALESCENTE DA COVID-19 NO HEMOCENTRO DE GOIÁS
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L.B.A. Lima, A.P.F. Ribeiro, A.V. Gonçalves, M.D.R.F. Roberti
Hemocentro de Goiás, Goiânia, GO, Brasil
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Introdução: O plasma convalescente é a parte líquida do sangue coletada de pacientes que tiveram infecção pelo vírus SARS CoV-2 e que recuperaram. Esse plasma contém anticorpos e sua administração é um meio de fornecer imunidade passiva a pacientes inefctados e que estão com a forma grave e com complicações pela COVID-19. Objetivo: Apresentar o índice de aproveitamento das bolsas de plasma convalescente da COVID-19 para serem utilizadas em pacientes infectados e que desenvolveram a forma grave da doença. Material e método: Estudo quantitativo e descritivo analisando 29 bolsas de aférese de plasma encaminhadas para o setor de processamento para avaliação de qualidade, entre os meses de Junho e Julho de 2020, como parte do projeto de pesquisa do Hemocentro de Goiás que utilizou infusão de plasma convalescente para tratamento de paceinetes com COVID-19 grave no Estado de Goiás. As bolsas foram avaliadas embasadas nos aspectos visuais (coloração anormal, lipemia e risco de contaminação bacteriana), além do volume adequado determinado. Após realização da análise macroscópica e pesagem de todas as bolsas foi realizado a extração de dados para o presente estudo e síntese descritiva dos resultados. Resultados: Foram coletadas 29 bolsas de aférese de plasma, 21 bolsas (72%) foram fracionadas, 4 bolsas (14%) não foram fracionadas e 4 bolsas (14%) foram descartadas. Das bolsas que não foram aproveitadas, 1 bolsa foi desprezada por lipemia (3%), e 3 bolsas (10%) por apresentarem volumes fora dos parâmetros exigidos. Totalizando uma produção final de 46 bolsas para serem liberadas e encaminhadas ao setor de distribuição. Discussão: De acordo com os resultados apresentados foi possível analisar o motivo do não aproveitamento das bolsas. O descarte por lipemia foi realizado com base no parâmetro do aspecto visual (cor), quando o plasma está com coloração leitosa, ele não pode seguir o processamento. Não há um exame prévio adotado pelos hemocentros para identificar dislipidemia no doador. Logo, o aspecto visual torna-se a única ferramenta de identificação. A bolsa com essa aparência opaca está diretamente relacionada com a dieta alimentar do doador. As bolsas descartadas por volume insuficiente apresentaram intercorrências durante a coleta. Os volumes das bolsas que apresentaram abaixo do padrão foram: 14 ml, 55 ml e 87 ml. A quantidade coletada não se enquadrava com o padrão determinado, que foi de aproximadamente 200 ml, classicando-as como volume fora dos parâmetros exigidos. A análise macroscópica dos hemocomponentes em estudo foi bastante criteriosa para validar e obter um produto final em conformidade com a legislação vigente. Conclusões: O estudo evidenciou um índice de aproveitamento favorável e de qualidade nas bolsa de plasma convalescente. A pesquisa demonstrou relevância na validação desses hemocompnentes de acordo com os requisitos padronizados, proporcionando uma maior segurança e confiabilidade para os pacientes que receberão as bolsas durante o ato transfusional. Houve dificuldades em encontrar estudos com a mesma metodologia utilizada, o que impossibilitou a comparação de resultados. Todavia, a utilização de plasma convalescente em infecções é um amplo campo de pesquisa.

Referências:

Anexo IV da Portaria de Consolidação n 5, Setembro de 2017. Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saude.

Nota Técnica n 19/2020/ANVISA. Aspectos regulatórios do uso de plasma de doador convalescente patra tratamento da COVID-19.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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