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Vol. 42. Issue S2.
Pages 406 (November 2020)
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VALIDAÇÃO DO TRANSPORTE DE CONCENTRADOS DE HEMÁCIAS PARA ATENDIMENTO DE REQUISIÇÕES TRANSFUSIONAIS PELO HEMOCENTRO COORDENADOR DO PARANÁ – HEMEPAR
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R.Y. Mochizuki, L.M.L. Richter, V.S.C. Bertelli, S.O. Pinto, A.M.B. Machado
Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (HEMEPAR), Curitiba, PR, Brasil
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Introdução: A validação do processo de transporte de concentrado de hemácias (CH) desde a etapa do acondicionamento, trânsito e recebimento é fundamental como evidência documentada da garantia de temperatura adequada em todo o trajeto, bem como a integridade física do material durante esta etapa do ciclo do sangue. Objetivo: Validar o transporte de CH em caixas térmicas padronizadas da marca Sieger® enviadas do Hemepar, mediante atendimento de requisição transfusional, a 30 serviços de saúde de Curitiba-PR, para que se mantenham em temperatura de 1°C a 10°C durante o trajeto, cumprindo com os requisitos da Portaria Conjunta MS/Anvisa 370/2014 e RDC Anvisa 20/2014. Material e métodos: O processo de validação prospectiva se deu em triplicata, utilizando-se caixas térmicas padronizadas de 12 (pequena) e 26 (média) litros, sistema de embalagem dupla, material isolante, sensores de temperatura calibrados (loggers) e gelo reciclável. A triplicata para cada teste foi realizada em temperaturas ambientes distintas (15°C e 25̊–30°C), de acordo com variações sazonais que normalmente ocorrem no município. O tempo estabelecido para monitoramento foi de 8 horas, considerando o tempo de trajeto mais longo e ampla margem de segurança para eventuais atrasos ou imprevistos. O quantitativo de gelo reciclável utilizado nos testes foi pesado em balança calibrada, sendo diferenciado conforme o tamanho da caixa, temperatura ambiente externa e quantidade de bolsas de CH definidas como pontos de amostragem. Antes de acondicionadas nas caixas, as temperaturas das bolsas de CH foram aferidas com pirômetro calibrado até que atingissem 5°C a 9,5°C. Para a montagem da caixa pequena foi acondicionado 1 logger em meio aos hemocomponentes e para caixa média foram utilizados 2 loggers em camadas distintas de CH. As caixas preparadas foram mantidas em ambiente com temperatura monitorada por termômetro digital calibrado durante as 8 horas e a leitura dos loggers foi programada para fazer registros a cada 10 minutos. Ao final de cada teste, além da leitura dos loggers e do termômetro da temperatura ambiente, também foram registradas as temperaturas de cada CH para análise dos dados. Resultados: Para caixa térmica de 12 litros foram testadas em triplicata 1, 3, 4 e 6 unidades de CH; para a de 26 litros 7, 10, 11 e 14 unidades. Na temperatura de 15°C, foi validado para caixa pequena o mesmo quantitativo de gelo reciclável para o intervalo de 1 a 3 CH e outro para 4 a 6 CH. O mesmo ocorreu para caixa média com os intervalos de 7 a 10 CH e 11 a 14 CH. Para temperatura ambiente elevada, houve diferença para 1 CH na caixa pequena, que teve um quantitativo específico de gelo. As temperaturas internas mantiveram-se dentro da faixa de 1°C a 10°C durante todo o período. Discussão: Através dos resultados obtidos, foi possível validar o processo do transporte de CH para os fins propostos, assegurando que o hemocomponente esteja em condições ótimas para transfusão. Estes resultados foram apresentados aos serviços atendidos pelo Hemepar, além de definida planilha para monitoramento dos dados, para fins de acompanhamento do processo e verificação da necessidade de revalidação. Conclusão: O processo de transporte de CH nas caixas testadas foi validado, apresentando reprodutibilidade adequada e temperatura dentro dos padrões de conformidade.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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