Journal Information
Vol. 42. Issue S2.
Pages 380-381 (November 2020)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 42. Issue S2.
Pages 380-381 (November 2020)
638
Open Access
ANÁLISE DOS INCIDENTES TRANSFUSIONAIS EM RECEPTORES DE HEMOCOMPONENTES DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA
Visits
1744
A.L. Rosaa, A.N.A. Buchmannb, L.M.L. Richterb, A.M.B. Machadob, S.T. Stinghenb
a Pós-Graduação, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, PR, Brasil
b Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (HEMEPAR), Curitiba, PR, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Objetivos: A prevalência/incidência real dos incidentes transfusionais, no Brasil, não é totalmente conhecida, sejam esses incidentes de má indicação e uso dos componentes sanguíneos ou de uma falha no processo do ciclo do sangue. O estudo foi realizado com o objetivo de investigar as notificações de ocorrências de incidentes transfusionais a fim de que se possa delinear as principais causas e características dos indivíduos. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo quantitativo, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2018, no Hemepar, em Curitiba, no Paraná. Realizou-se a análise das fichas de Investigação de Reações Transfusionais de todos os pacientes de Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Para análise estatística, foi utilizada ferramentas de testes de correlação para verificar se há relação estatística entre os dados coletados.Resultados: Foram analisadas 249 ocorrências, com 53,4% do gênero feminino, e 46,6% do gênero masculino. A maior frequência dos hemocomponentes transfundidos total ou parcialmente foi de concentrado de hemácias (75,8%). Todas as notificações foram de reações transfusionais imediatas, com maior frequência de reação febril não hemolítica leve (48,8%), e reações alérgicas leve (24,8%) e moderada (10,5%). Os resultados dos testes de correlação demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante entre o tipo de reação transfusional ou o histórico transfusional versus idade do receptor, doença diagnóstica, indicação de transfusão e manifestações clínicas (p>0,05). Contudo, foi observado correlação entre o tipo de reação transfusional comparado com o tipo de hemocomponente transfundido (“r”=0,17; p<0,01). Não houve diferença estaticamente significante entre o histórico transfusional e o tipo de hemocomponente transfundido (p=0,9984). Discussão: Entre os pacientes que apresentaram reações transfusionais, obtivemos a sutil diferença quanto ao parâmetro “gênero”, 53,4% no sexo feminino e 46,6% no sexo masculino. Estes dados vão de encontro a literatura, que expõe o mesmo comportamento de proporcionalidade em ambos os sexos. Uma pesquisa realizada no período de 2011 a 2015, em um hospital de alta complexidade no interior de Rondônia, foi descrito 56,82% de ocorrências classificadas como RFNH, corroborando os dados encontrados. Dentro das classificações quanto a gravidade das reações transfusionais, foi observado neste estudo cerca de 80% (79,9%) classificadas como “leve”, com mínimos riscos ao paciente. Neste estudo foi observada uma correlação estatística entre o tipo de reação transfusional e hemocomponente transfundido. Foi evidenciado que a transfusão de concentrado de hemácias está intimamente relacionada as reações do tipo febril não hemolítica leve. Além disso, as características dos hospitais atendidos pelo Hemepar poderiam influenciar na maior frequência de reação transfusional com concentrado de hemácias. Conclusão: O estudo permitiu uma melhor explanação e delineamento dos incidentes transfusionais ocorridos em pacientes submetidos à terapia transfusional em Curitiba e Região Metropolitana. Não foram relatadas reações tardias, sugerindo que ou não ocorreram ou não foram notificadas, fato que deve ser analisado em estudos futuros.

Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools