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Vol. 42. Issue S2.
Pages 386 (November 2020)
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EDUCASANGUE: UMA IMPORTANTE FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO EM TRANSFUSÃO
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D.M. Brunettaa,b,c, S.A.T. Barbosaa,b, F.A.C. Silvaa, L.M. Albuquerquea,c, F.J.C. Santosa, V.C. Pereiraa, L.E.M. Carvalhoa, L.M.B. Carlosa
a Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE), Fortaleza, CE, Brasil
b Hospital Universitário Walter Cantídio, Fortaleza, CE, Brasil
c Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Fortaleza, CE, Brasil
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Objetivo: A transfusão é um dos procedimentos médicos mais realizados. As indicações inadequadas são comuns e provavelmente estão relacionadas à escassez do ensino da transfusão durante a formação médica. O desenvolvimento de uma nova maneira de melhorar a educação sobre transfusão é fundamental. As redes de mídia social têm o potencial de atingir públicos maiores em um curto intervalo de tempo para uma comunicação rápida de conteúdo médico. O uso de mídias sociais para educação transfusional no Brasil não foi publicado. O objetivo deste trabalho é descrever uma nova ferramenta para melhorar o aprendizado da transfusão. Material e métodos: Uma série de pôsteres baseados em evidências foi criada. Inicialmente, esses pôsteres eram enviados por e-mail e WhatsApp, em seguida, foram criadas as páginas do Instagram e do Facebook. EducaSangue, como foi chamado esse projeto de e-learning, é uma ferramenta de difusão de conhecimentos transfusionais que permite a troca de experiências. Resultados: Até agosto de 2020, a página do Instagram contava com mais de 3200 seguidores. A comunidade do Facebook no mesmo momento tinha mais de 9.000 pessoas seguindo-na, com diversas recomendações e elogios dos seguidores. Postagens sobre emergência e transfusão massiva, alternativas ao sangue alogênico, reações transfusionais e testes pré-transfusionais foram publicadas. Médicos, estudantes de medicina e outros profissionais de saúde do Brasil e de outros países seguem o EducaSangue. Em questionário aplicado aos seguidores, 67,6% responderam que estão envolvidos na educação transfusional e 90,8% informaram que mudaram algum aspecto de sua prática diária com base no conteúdo do EducaSangue. Discussão: A educação em transfusão é a ferramenta mais eficaz para uma conduta adequada e baseada em evidências. A formação em hemoterapia no Brasil é sabidamente deficiente, com menos de 10% dos currículos das faculdades de medicina abordando esse tema. Apesar de ser praticada rotineiramente, a indicação da transfusão deve ser sempre respaldada por artigos científicos e na avaliação integral do paciente. O conhecimento dos diversos aspectos da transfusão permite um cuidado mais seguro e reduz exposição dos pacientes a transfusões desnecessárias. Um dos aspectos da formação médica mais deficiente no Brasil e no mundo é o conhecimento das reações transfusionais, ponto frequentemente abordado nas postagens do EducaSangue. Conclusão: A inovação tecnológica tem sido usada para mudanças educacionais e é uma alternativa à educação formal sobre transfusão. As mídias sociais são uma ferramenta interessante para dar qualidade aos serviços médicos, pois podem atingir um público mais amplo, principalmente onde o contato pessoal é difícil.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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