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Vol. 42. Issue S2.
Pages 454-455 (November 2020)
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO PARA LINFOMA NÃO HODGKIN
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N.S. Araúo, M.L.C.A. Soares, A.D.S. Pessoa, I.F.O. Vieira, J.L. Silva, L.L. Silva, M.R.L. Canuto, S.M. Silva, T.M.M. Aguiar
Hospital Unimed Maceió, Maceió, AL, Brasil
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Objetivos: Sugerir um plano de cuidados de enfermagem para assistência ao paciente portador de Linfoma Não Hodgkin recidivado, em tratamento quimioterápico com o protocolo R-ICE. Material e métodos: Trata-se de um relato de experiência, executado por enfermeiros em uma unidade de internação onco/hematológica de um hospital da rede privada de Maceió/AL. O protocolo R-ICE é composto por Rituximabe, Ifosfamida, Mesna, Carboplatina e Dexametasona e devido à necessidade de infusão em 24 horas, deve ser realizado preferencialmente em regime de internação. No plano de cuidados foram descritos os diagnósticos mais evidentes neste protocolo quimioterápico e as intervenções relacionadas. A elaboração dos diagnósticos foi baseada na North American Nursing Dignosis Association (NANDA-1) e as intervenções foram fundamentadas em evidências científicas da prática de enfermagem em hematologia. Resultados: Risco de ansiedade: realizar consulta de enfermagem na primeira infusão do protocolo e entregar orientações por escrito; Risco de reação alérgica: administrar anti histamínicos, utilizar formulário de protocolo de infusão de Rituximabe, orientar equipe e paciente sobre sinais de reação infusional, monitorar sinais vitais a cada hora; Risco de desequilíbrio hidroeletrolítico: realizar balanço hídrico diário, monitorar peso do paciente diariamente; Risco de eliminação urinária prejudicada relacionada a cistite hemorrágica: administrar mesna em paralelo à ifosfamida, observar diurese; Risco de eliminação urinária prejudicada relacionada ao uso de cisplatina: monitorar balanço hídrico, monitorar exames laboratoriais pré-quimioterapia; Risco pressão arterial instável: monitorar sinais vitais; Risco para náuseas e vômitos: avaliar grau de toxicidade pelos Critérios Comuns de Terminologia para Eventos Adversos (CTCAE) e administrar antieméticos; Risco de glicemia instável relacionada ao uso de corticoide: monitorar glicemia, comunicar se alterações; Risco contaminação relacionado a derramamento de quimioterapia: manter kit derramamento no setor, orientar equipe sobre medidas de prevenção, utilizar paramentação adequada ao manusear o paciente; Risco para controle ineficaz da saúde relacionada ao manejo de sintomas no domicílio: orientar cuidados após a alta, entregar orientações por escrito. Discussão: A elaboração de um plano terapêutico específico para cada protocolo quimioterápico é uma estratégia que permite aos profissionais de enfermagem o conhecimento das particularidades dos protocolos e as identifique como foco clínico de sua atenção. Isso repercute na eficácia da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), através de suas cinco fases: investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Assim, ao se identificarem os diagnósticos reais e potenciais, aos quais pacientes hematológicos estão sujeitos, aumenta-se a possibilidade de elaborar cuidados de enfermagem mais fidedignos aos focos clínicos apresentados pelos pacientes e, consequentemente, alcançar a resolução dos resultados de enfermagem, proporcionando bem-estar aos pacientes. Conclusão: A elaboração do plano de cuidados serviu como instrumento para nortear a assistência da equipe de enfermagem ao paciente internado, em infusão de quimioterapia com o protocolo R-ICE. Espera-se que este possa melhorar a qualidade da assistência, com foco na segurança do paciente, gerando a satisfação do cliente.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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