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Vol. 42. Issue S2.
Pages 427 (November 2020)
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ANEMIA MIELODISPLÁSICA: UM RELATO DE CASO
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J.T. Schiavini, M.A.F. Chaves, G. Zattera, C.A.S. Souza, V. Hoinatz, L. Cichoski, M.F. Barro, J. Plewka
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, PR, Brazil
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Objetivo: Relatar o caso clínico de um paciente diagnosticado com uma mielodisplasia em um Hospital Universitário. Metodologia: A coleta de dados do paciente foi realizada no prontuário eletrônico Tasy®e foi utilizado banco de dados como SciELO e Pubmed para levantamento de artigos científicos e revisão de dados. Relato do caso: Retrata-se o caso clínico de um paciente do sexo feminino, de 89 anos, com sintomas de intensa fraqueza, hiporexia, dispneia e com episódios de epistaxe e hemorroida grau IV com sangramento ativo, com presença de linfonodos palpáveis em cadeias submandibulares bilateralmente, encaminhada ao Hospital devido a anemia crônica e trombocitopenia. Em relação aos exames: hemoglobina 6,8 g/dL, leucograma 6.899 mm3 (690 blastos/mm3, 69 metamielócitos/mm3, 552 bastonetes/mm3, 759 segmentados/mm3, 1.104 linfócitos/mm3, 552 monócitos/mm3, 2.760 basófilos/mm3 e 414 linfócitos atípicos/mm3) plaquetas 25.300 mm3, com presença de eritroblastos displásicos e displasia de células brancas lactato desidrogenase (LDH), bilirrubina total e frações e Proteína C Reativa (PCR) alterados. As hipóteses diagnósticas foram mielofibrose, neoplasia ginecológica, leucemia mieloide crônica, até que com o encaminhamento ao hematologista e a revisão de lâmina, foi dado o diagnóstico de síndrome mielodisplasica, aguardando a biópsia de medula óssea com imunofenotipagem para fechar o diagnóstico. Foi descartado a possibilidade de quimioterapia devido à idade avançada da paciente. Discussão: A síndrome mielodisplásica é um grupo de distúrbios que ocorre devido a um defeito clonal nas células progenitoras hematopoiéticas, principalmente nos idosos, onde a produção das células sanguíneas fica ineficaz, promovendo citopenias. A causa ainda não é conhecida, mas sugere-se estar associada a alterações genéticas devido a exposições quimioterápicas, radioterápicas, cigarro e produtos tóxicos. A fisiopatologia dessa falência medular pode estar envolvida no início com uma susceptibilidade à apoptose, causando os sintomas de fraqueza, sangramentos recorrentes, e ao decorrer da doença ao aumento da proliferação desses clones, podendo progredir para uma leucemia. No caso relatado, devido a contagem alta de basófilos, foi solicitado a imunofenotipagem para investigação se essa seria a população de células anômalas e assim classificá-la. Conclusão: As alterações hematológicas normalmente são os primeiros sinais percebidos na mielodisplasia e podem auxiliar no diagnóstico e controle da doença. Percebe-se a importância principalmente do hemograma e da evolução desse, para que mais precocemente seja feito o diagnóstico e assim o tratamento, trazendo mais qualidade de vida ao paciente.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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