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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1438
Acesso de texto completo
PLASMAFÉRESE NO MANEJO DA MIELITE TRANSVERSA AGUDA REFRATÁRIA A PULSOTERAPIA: EXPERIÊNCIA DE CASO CLÍNICO
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MLA Cruza, ABL Aragãoa, JL dos Santosa, AJSdV Oliveiraa, ARS Alvesa, RM Santosb, VC dos Santosc, BPJ Siqueirac, GS da Cruzc, MAF Portoa
a Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil
b Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE), Aracaju, SE, Brasil
c Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Mielite Transversa (MT) aguda é um distúrbio neuroimune raro, sendo muitas vezes autoimune, que se manifesta com rápidas alterações motoras, sensitivas e autonômicas, provocadas por uma reação inflamatória em células nervosas e na mielina da medula espinhal com desmineralização sub ou aguda por infiltração perivascular de monócitos e linfócitos em lesão e degeneração axonal. O tratamento da condição depende da etiologia e pode ser imunomoduladores, incluindo esteroides, imunoglobulinas e plasmaférese.

Descrição do caso

Mulher, 25 anos, sem comorbidades, procura serviço de Urgência com queixa de lombalgia de forte intensidade com progressão para paraparesia após 5 dias, sendo admitida para investigação. Realizada ressonância magnética que evidenciou extensa área de alteração de sinal, hipersinal em T2/FLAIR na região central da medula, com focos de realce ao meio de contraste, estendendo-se desde nível dorsal médio até cone medular e foi diagnosticada com Mielite Longitudinal Aguda, sendo proposto pulsoterapia com Metilprednisolona, por 5 dias, sem melhora do quadro. Pela refratariedade dos sintomas, foi transferida para o Hospital Universitário de Aracaju para realizar plasmaféreses/troca plasmática com objetivo de remoção de autoanticorpos, melhora da resposta clínica e prevenção de déficits permanentes. Na admissão, apresentava-se em bom estado geral, lúcida e orientada em tempo e espaço, Glasgow de 15, mímica facial preservada e simétrica, pupilas isofotorreagentes com movimentos oculares extrínsecos de amplitude preservada, simétricos, sem nistagmos, apresentando paraplegia flácida em membros inferiores, associada a anestesia com nível sensitivo em T10 e arreflexia, ausência de fasciculações e clônus, com incontinência fecal e urinária, com 20/20 na tabela de Snellen, força grau 5 em membros superiores e grau 0 em membros inferiores e restante do exame físico sem alterações. Foram realizadas 7 sessões de plasmaférese, sem intercorrências relevantes. Após 13 dias de internação e 3 sessões de plasmaférese, passou a apresentar parestesia e fasciculações em ambos os membros inferiores e reflexos 2/4+ em membros superiores. Após a 5ª sessão, possuía sensibilidade tátil cerca de 3‒4 cm abaixo da cicatriz umbilical. Em programação para a última plasmaférese, já tinha espasmos musculares em ambos os pés e sensibilidade tátil cerca de 4‒5 cm abaixo da cicatriz umbilical. Após tratamento proposto, paciente otimista com os resultados, recebeu alta hospitalar com orientação de acompanhamento ambulatorial com a equipe de Neurologia.

Conclusão

Em casos de Mielite Tranversa, é imprescindível a terapia com glicocorticoides em altas doses, sendo também proposta troca plasmática com 5‒7 sessões nos casos de comprometimento motor. A plasmaférese se mostrou uma intervenção eficaz no manejo da Mielite Transversa, especialmente diante da falha de resposta à pulsoterapia, permitindo controle do processo inflamatório, evitando agravamento neurológico e pode contribuir para recuperação de funções neurológicas futuras.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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