A doação de sangue é essencial para o sistema de saúde. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou um aumento de 1,9% nas coletas entre 2023 e 2024, passando de 3.248.737 para 3.310.025 bolsas. Em 2023, apenas 1,4% da população doava regularmente. Até maio de 2025, foram coletadas 831.518 bolsas, com aumento de 2,9% nas transfusões. Apesar de estar dentro dos parâmetros da Organização Mundial da Saúde, os hemocentros ainda enfrentam estoques críticos, o que reforça a importância da reposição constante. Entre os principais obstáculos estão a desinformação, o medo e mitos ao ato de doar. Nesse contexto, ações educativas em locais públicos são estratégias eficazes para conscientizar e incentivar a doação.

Evidenciar a importância da estratégia de promoção da saúde e mobilização social para promover a conscientização sobre a doação de sangue.

Relato de experiência de uma ação educativa sobre doação de sangue, com abordagem qualitativa, realizada por estudantes de Biomedicina, Enfermagem e Medicina da UFTM, membros da Liga de Hematologia e Hemoterapia, em parceria com o PET-Enfermagem. A atividade ocorreu em 08 de junho de 2025, durante uma feira no bairro Abadia (Uberaba/MG), com foco na sensibilização da população e combate a mitos. A intervenção incluiu distribuição de panfletos informativos e ilustrativos, e uma roleta interativa com perguntas sobre doação de sangue. Toda a ação teve caráter educativo, sem coleta de dados sensíveis.

O público abordado foi diverso, com predominância de jovens, adultos e idosos. Os principais mitos esclarecidos foram: tatuagens impedem a doação; doar transmite doenças; uso de medicamentos; diabetes ou hipertensão impedem a doação. A atividade teve boa receptividade, com participação ativa na dinâmica lúdica e demonstração de interesse pela doação.

A ação evidenciou que atividades educativas em locais públicos são eficazes para combater mitos sobre doação de sangue. O uso de linguagem simples e estratégias lúdicas facilitou o engajamento e tornou o aprendizado mais leve e atrativo. A atuação interdisciplinar fortaleceu a abordagem e ampliou o impacto. Mesmo com acesso à informação digital, o contato direto e humanizado segue essencial para promover a conscientização e atitudes solidárias.A ação foi extremamente significativa, ao possibilitar a aplicação de conhecimentos teóricos e o desenvolvimento de habilidades como comunicação e escuta ativa,fundamentais para uma prática profissional humanizada. Além disso, contribuir na conscientização da população reforçou o compromisso ético e social com a transformação por meio da informação. Ademais, a educação em saúde em espaços públicos é uma estratégia eficaz para ampliar o conhecimento sobre doação de sangue e incentivar práticas solidárias.A continuidade dessas ações, com linguagem acessível e metodologias participativas, deve ser incentivada em parceria com instituições de saúde.