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Vol. 42. Issue S2.
Pages 559 (November 2020)
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TELEMEDICINA - O “NOVO NORMAL” DO ATENDIMENTO AOS PACIENTES E COLABORADORES DE CENTRO ONCOHEMATOLÓGICO, EM TEMPOS DE COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA
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L.G.D. Medeirosa, H.H.F. Ferreiraa, G.B.C. Júniorb
a Universidade Potiguar, Natal, RN, Brasil
b Hemocentro Dalton Cunha (Hemonorte), Natal, RN, Brasil
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Objetivos: Abordar a implementação de serviço de teleatendimento, voltado para corpo clínico e pacientes, como medida de assistência aos usuários e mitigação da transmissão de COVID-19, em centro de oncohematologia. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa na modalidade de relato de experiência. Foi gestado, em março/2020, o Protocolo de Telemedicina, da Liga Norteriograndense contra o Câncer (LNRCC), direcionado ao paciente oncológico com suspeita de infecção pelo COVID-19, que posteriormente deu origem á recomendação que abarcava o atendimento a distância dos colaboradores da instituição. Desse modo, inicialmente, houve a criação do TeleTriagem – sistema composto de enfermeiros responsáveis por receber ligações e/ou videochamadas e estratificar o paciente em um determinado grupo de risco – de acordo com o preenchimento de critérios de gravidade. Após esse primeiro momento, ocorreria a expedição de conduta clínica por médico assistente do setor ou médico do trabalho, baseada na triagem prévia. Nesses casos, poderia haver a escolha por internação ou a sensibilização sobre a necessidade de isolamento social, sendo estas incumbências do médico. Eventuais receitas médicas, acompanhamento da evolução do paciente a distância ou futuros encaminhamentos, seriam responsabilidade do núcleo de saúde ocupacional (NSO) para os colaboradores; e do núcleo de assistência ao paciente (NAP), no caso dos enfermos. Resultados e discussão: A telemedicina se mostrou uma solução logística para assistência médica a distância, tanto difundindo orientações, como garantindo uma maior acessibilidade do paciente ao serviço de saúde. Com a política do distanciamento social, houve a necessidade de aperfeiçoar o teleatendimento, até pouco tempo menosprezado por parcela da classe médica. Em relação aos pacientes, esse estreitamento do cuidado – pela web – facilitou a resolução de demandas de seu tratamento, especialmente atuando na monitorização de queixas quimioterápicas, e incentivando a internação hospitalar apenas para os pacientes com necessidades realmente incompatíveis com tratamento ambulatorial. No caso dos colaboradores, essa estratégia permitiu uma melhor organização das escalas, conforme a necessidade de afastamento, e também a possibilidade de contactar os funcionários rotineiramente (seja para verificação da evolução diária de seu quadro como também para planejamento de “home Office”, para aqueles com fatores de risco). E o mais importante, facilitou a detecção precoce de possíveis casos sintomáticos dentro do corpo clínico, dificultando, assim, a cadeia de transmissão. Conclusão: Estratégias que facilitem o contato médico-paciente na modalidade remota,especialmente num cenário pandêmico, emergem como medidas importantes para garantir a perpetuação do cuidado ao paciente oncológico. Atrelar isso a uma plataforma institucional que também disponha de atendimento à distância para colaboradores, pode permitir uma tomada de decisão precoce e com menores repercussões negativas em transmissibilidade local.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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