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Vol. 42. Issue S2.
Pages 96 (November 2020)
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PREVALÊNCIA DE EMBOLIA E TROMBOSE ARTERIAL EM TERESINA, PIAUÍ NOS ANOS DE 2015 A 2020
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R.M. Martinsa, N.L.C. Portelab, T.O. Pintoa, K.C. Alencara, L.C. Brunoa, J.A.H. Soaresa, E.S.D.S. Lelisa, G.L.D. Mirandaa, M.F.M. Soaresa, I.P. Silvac
a Centro Universitário Uninovafapi, Teresina, PI, Brasil
b Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, Caxias, MA, Brasil
c Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, PI, Brasil
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Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos casos de embolismo e trombose arteriais em Teresina, Piauí entre os anos de 2015 a 2020. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa observacional do tipo transversal de abordagem quantitativa, baseada em dados secundários referentes a prevalência de internações e óbitos por trombose e embolia em Teresina, Piauí de janeiro de 2015 a junho de 2020 disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Os dados foram analisados no Microsoft Excel®. Resultados: No período analisado, foram registrados 1.250 casos de internações decorrentes de embolia e tromboses arteriais em Teresina, Piauí, sendo 2018 o ano que apresentou a maior taxa de internações, correspondendo a aproximadamente 21,8%. A faixa etária predominante nas internações foi entre os 70 e 79 anos, representando cerca de 32,7%, acometendo, principalmente, indivíduos do sexo masculino (53,8%). O número de óbitos por embolia e trombose arteriais neste período foi de 103 casos. Destes, 23,0% ocorreram em 2016, predominantemente, em indivíduos de 70 a 79 anos (36,9%), sexo feminino (58,2%) e cor/raça parda (43,7%). Ressalta-se que em 57 óbitos (55,3%) não há registro de cor/raça. Discussão: Um estudo epidemiológico de revisão de prontuários realizado em hospital terciário a respeito de oclusões arteriais acometendo membros inferiores, evidenciou uma taxa de 52,9% de indivíduos do sexo masculino que apresentava faixa etária acima de 68 anos. Foram identificados como fatores de risco que contribuíam substancialmente para o quadro clínico, a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e fibrilação arterial. Segundo a Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2019, os casos de embolia periférica sobressaíram em membro inferior, cuja prevalência ocorreu nos pacientes do sexo masculino (51,7%). Diante dessas evidências da literatura, nota-se a dissonância dos dados referente ao presente estudo. Em contrapartida, uma pesquisa realizada em pacientes do Hospital Universitário Walter Cantídio/Hemoce há uma predominância de eventos trombóticos nas mulheres (75,0%), mostrando que estatisticamente estas são mais susceptíveis ao desenvolvimento de tromboses, justificada pelos fatores de risco como ingestão de contraceptivos orais, modificação das proteínas anticoagulantes durante a gestação, além da reposição hormonal na menopausa. Ademais, o tabagismo é outro fator de risco potencializador da formação de trombos, aumentando o risco de óbitos, devido as substâncias presentes no cigarro, como a nicotina que induz o estado protrombótico, por meio da ativação plaquetária. Em relação a variante cor/raça não foram encontrados relatos relevantes na literatura em consonância ao estudo. Conclusão: Diante o exposto, verificou-se que as informações avaliadas dos casos notificados mostraram similaridades com estudos realizados em outros locais e dados da literatura. Vale ressaltar que as oclusões arteriais agudas podem acarretar complicações severas como a amputação e óbito. Logo, torna-se necessário o diagnóstico precoce e identificação dos sintomas característicos dessas patologias, assim como a adoção de políticas públicas no combate a fatores de risco modificáveis e o desenvolvimento de pesquisas epidemiológicas sobre o assunto a fim de minimizar os impactos negativos na saúde dos indivíduos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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