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Vol. 42. Issue S2.
Pages 173-174 (November 2020)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR LEUCEMIA MIELOIDE E LINFOIDE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NO ANO DE 2019
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L.C. Brunoa, M.F.M. Soaresa, C.G. Nunesa, R.M. Martinsa, E.S.D.S. Lelisa, A.C.C.F.S. Meloa, M.V.C. Azevedoa, J.A.H. Soaresa, I.D. Rêgoa, I.P. Silvab
a Centro Universitário Uninovafapi, Teresina, PI, Brasil
b Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, PI, Brasil
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Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por leucemia mieloide e linfoide no Rio de Janeiro em 2019, a fim de comparar o padrão de mortalidade por leucemia no estado com a literatura. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo transversal, de abordagem quantitativa. Analisou-se o estado do Rio de Janeiro, através de dados disponibilizados pela vigilância epidemiológica do município, retirados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). A pesquisa não necessitou de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, por ter sido baseada em dados secundários e de domínio público. Os números coletados foram referentes aos óbitos por leucemia mieloide e leucemia linfoide no ano de 2019, com a aplicação das seguintes variáveis: faixa etária, raça, escolaridade e sexo. Por fim, os resultados foram comparados aos da literatura existente. Resultados: No Rio de Janeiro, em 2019, houveram 212 óbitos por leucemia mieloide e 123 por leucemia linfoide. As mortes por leucemia mieloide e linfoide, quando relativas ao número de óbitos totais por causas hematológicas, foram de, respectivamente, 51,6% e 29,9%. Já quanto ao perfil epidemiológico, em relação à etnia, em ambas, houve predominância de óbito em brancos, sendo na leucemia mieloide 66,50% (n = 141), seguido de 23,11% (n = 49) pardos e, na leucemia linfoide, 59,43% (n = 73) brancos e 29,26% (n = 36) pardos. No que diz respeito ao grau de escolaridade, dos pacientes com leucemia mieloide analisados, 53,76% (n = 114) possuíam no mínimo oito anos de educação, enquanto que, dos com leucemia linfoide, o número foi de 42,26% (n = 52) para o mesmo nível escolar. Quanto à faixa etária dos pacientes que vieram a óbito por leucemia mieloide, 15,09% (n = 32) tinham 80 anos ou mais, tendo tido a leucemia linfoide a mesma prevalência, com 9,51% (n = 24) dos óbitos nessa faixa etária. Quanto ao sexo, na leucemia mieloide, 60,16% (n = 74) eram homens e, no mesmo sentido, a leucemia linfoide apresentou predominância masculina, com 52,35% (n = 111) dos óbitos. Discussão: As leucemias mieloide e linfoide foram, respectivamente, a primeira e segunda causas de morte em relação aos óbitos totais por causas hematológicas. Quanto à raça, os resultados equivaleram com a literatura. Os números referentes à escolaridade foram compatíveis ao censo de 2010, onde a média de estudo da população do estado foi de 9,17 anos, não sendo possível correlacionar a escolaridade com o os óbitos por leucemia. Sobre a faixa etária mais acometida, os resultados estão em consonância com outros estudos, já que os idosos representam uma parcela da população com características heterogêneas, que agregam uma série de comorbidades que afetam o prognóstico das leucemias. Em relação ao sexo, apesar de variações ínfimas, esses dados corroboraram com outros estudos que mostram a prevalência de leucemias no sexo masculino. Conclusão: No Rio de Janeiro, em 2019, o perfil epidemiológico predominante da mortalidade por leucemia mieloide e linfoide foi: etnia branca, escolaridade média de oito anos ou mais, 80 anos ou mais e sexo masculino. Essas variáveis se mostraram compatíveis com as tendências descritas na literatura, não apresentando discrepâncias de perfil epidemiológico consideráveis a serem pontuadas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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