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Vol. 42. Núm. S2.
Páginas 174 (novembro 2020)
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291
Open Access
PERFIL LINFOCITÁRIO NA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA NO DIAGNÓSTICO E APÓS TERAPIA DE INDUÇÃO
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R. Reis, M.M.D. Santos, A.S.D. Santos, H.H.M. Santos, L.S. Santos, B.A. Lopes, C.M.S. Peralva, R. Meyer, S.M. Freire
Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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Introdução: O papel do sistema imunológico nas neoplasias hematológicas ainda não está totalmente elucidado. Entretanto, a atividade citolítica das células Natural Killer (NK) e a interação dos linfócitos B e T parecem inibir o desenvolvimento e a progressão de células neoplásicas. Dessa forma, o objetivo do presente estudo é analisar a distribuição de subconjuntos de linfócitos em indivíduos com Leucemia Mieloide Aguda (LMA) ao diagnóstico e após terapia de indução. Métodos: Através do citômetro de fluxo (FACSCanto II™) utilizando o programa Infinicyt™, foram analisados os subconjuntos de linfócitos no sangue periférico de 13 participantes. Resultados: A mediana do percentual de linfócitos T após indução (25,76%) foi maior em relação ao diagnóstico (10,86%). Além disso a mediana da razão CD4/CD8 também foi maior após indução (1,87) em comparação ao diagnóstico (1,37). Por outro lado, a mediana do percentual de linfócitos B e células NK, respectivamente, ao diagnóstico (1,66% e 2,40%) foi maior em comparação após indução (0,09% e 1,17%). Discussão: A resposta imunológica mediada por células desempenha um papel chave no combate a neoplasias. A infiltração de linfócitos no tumor tem sido associada ao melhor prognóstico e a resposta terapêutica. Nesse estudo, o aumento de linfócitos T após indução reforça a sua importância na resposta anti-leucêmica. Segundo Park e colaboradores (2018), um aumento ≥5% de células NK no sangue está associado a uma melhor sobrevida, visto que pacientes com baixa porcentagem de células NK também tendem a apresentar maiores taxas de recidivas. Observou-se uma diminuição de linfócitos B no presente estudo. Esse subtipo de células pode refletir a saúde geral da medula óssea, além de estar associado a melhores prognósticos. Conclusão: Na LMA, a distribuição dos subconjuntos de linfócitos difere-se ao diagnóstico e após terapia de indução. Esses achados em associação com outros fatores imunológicos, clínicos e características moleculares poderão contribuir para melhor entendimento do papel do sistema imune na progressão e desfecho clínico de pacientes com essa neoplasia hematológica.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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