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Vol. 44. Issue S2.
Pages S676 (October 2022)
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Vol. 44. Issue S2.
Pages S676 (October 2022)
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PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS COM COVID-19 ATENDIDOS EM UNIDADES HOSPITALARES DO MUNICÍPIO DE UBERABA – MG
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NGDS Arantes, ACCH Cunha, LQ Pereira, ACDM Carneiro, FB Vito, HM Souza, SCSV Tanaka
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivo

Descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com COVID-19 atendidos em hospitais de Uberaba – MG.

Material e Métodos

Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (CAAE n° 31328220.8.0000.8667). Foram coletados dados de 371 indivíduos com COVID-19, atendidos entre maio/2020 e junho/2021. As variáveis analisadas foram: gênero, idade, sintomatologia, comorbidades, medicamentos e desfecho (alta/óbito). Utilizou-se o programa SPSS, versão 20.0 para o tratamento dos dados coletados. Considerou-se estatisticamente significantes valores de p < 0,05.

Resultados

Dentre os 371 pacientes, 39,9% eram mulheres e 60,1%, homens. Os sintomas predominantes foram dispneia (70%), tosse (60%) e febre (50%). Acerca das comorbidades, HAS (44,6% M e 49,8% H), DM (29% M e 24,7% H) e obesidade (16,2% M e 12,1% H) foram as mais prevalentes. Os medicamentos mais utilizados foram heparina (87,2% M e 86,1% H) e corticoide (81,1% M e 80,7% H). Houve pior desfecho entre os pacientes mais velhos; sendo a presença de comorbidades e o tempo de internação significativamente maiores para homens que foram a óbito se comparados aos que receberam alta (p = 0,004 e p = 0,002, respectivamente).

Discussão

No presente estudo, houve um predomínio de pacientes do sexo masculino, o que diverge de um estudo realizado no estado de Pernambuco, que relatou um predomínio do sexo feminino. Por outro lado, esse mesmo estudo aponta achados semelhantes aos nossos em relação aos sintomas apresentados pelos pacientes, como dispneia, tosse e febre sendo os mais frequentes nos dois estudos, demonstrando um comportamento semelhante da sintomatologia da doença no Brasil. Além disso, a literatura também vem demonstrando que a presença de comorbidades, em especial HAS e DM, são importantes fatores de risco para o agravamento e pior prognóstico em indivíduos com COVID-19. No presente trabalho, a prevalência de comorbidades foi maior no grupo de indivíduos do sexo masculino que foram a óbito e observamos maior incidência de hipertensão, diabetes e obesidade em toda a nossa casuística, corroborando os dados da literatura. No tocante à medicação, foi observado o uso de heparina e corticoide, independentemente da gravidade. Estudos demonstram que o tratamento com corticosteroides reduz o risco de morte em pacientes graves, incluindo aqueles em ventilação mecânica. Em relação à heparina, um ensaio clínico demonstrou que o fármaco reduz o risco de mortes por complicações da doença, se administrada aos primeiros sinais de insuficiência respiratória.

Conclusão

Conclui-se que a idade mais avançada e comorbidades prévias estão relacionadas a um pior prognóstico em indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2 na amostra analisada.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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