Introdução: A doação de sangue é um processo que geralmente ocorre sem qualquer complicação ou intercorrência clínica. Mas que apesar dos avanços tecnológicos e dos cuidados dispensados durante o ato de doar sangue, efeitos desagradáveis podem ocorrer e são denominados de reações adversas. Objetivos: Este estudo tem por objetivo identificar as principais reações adversas ocorridas com doadores de sangue total, classificá-las quanto à gravidade e o tipo de doação. Bem como verificar as condutas adotadas pela equipe multidisciplinar junto ao doador, durante e após as reações adversas. Metodologia: Pesquisa documental, quantitativa, retrospectiva, realizado em um hemocentro na região sul do Brasil, vinculado a Universidade Estadual de Maringá (UEM). A coleta de dados ocorrida entre setembro de 2019 e janeiro de 2020 utilizou como fonte de informações os registros do banco de dados do Sistema de Bancos de Sangue web (SBS- Web), as Fichas de Reações Adversas na Doação de Sangue (FRADs) e o Indicador do número de reações ocorridas no mês da Gestão da Qualidade, ambos da instituição e que se referem as doações de sangue que ocorreram no período de julho de 2018 a junho de 2019. A amostra foi composta por todos os doadores que apresentaram reações adversas e que tinham registro das mesmas, sendo excluídos os registros que tinham como reação adversa: fluxo lento, formação de coágulos e outros. A amostra final foi composta por 159 registros. Realizado uma análise mais aprofundada de 26 FRADs (Ficha de Reação Adversa na Doação de Sangue) que se encontravam adequadamente preenchidas e com clareza de informações, sendo possível traçar um perfil sociodemográfico dos doadores que tiveram reações adversas moderadas. Os dados foram organizados em planilhas do programa Excel® for Windows®, e posteriormente ordenados calculando-se as frequências absolutas e relativas em cada uma das variáveis. Resultados: Evidenciou-se que a média das incidências de reações adversas para o período estudado foi de 1,30% sendo que os eventos adversos ocorridos neste serviço foram na sua maioria de reações sistêmicas leves ou moderadas. E que quando comparada a outros estudos constata-se que está dentro de valores aceitáveis e esperados. Conclusão: O estudo permitiu caracterizar e classificar as principais reações adversas ocorridas nos doadores de sangue. Levando ao conhecimento dos profissionais de enfermagem os fatores de risco desta população. Possibilitando a melhoria na qualidade da assistência de enfermagem prestada aos doadores de sangue.
Palavras-chave: Doadores de sangue; Eventos adversos; Cuidados de enfermagem.