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Vol. 42. Issue S2.
Pages 384 (November 2020)
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AVALIAÇÃO SOBRE O CONHECIMENTO DE ALTERNATIVAS TRANSFUSIONAIS ENTRE OBSTETRAS
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W.O. Santosa, C.M. Françaa, G.S. Cruza,b, J.M.G. Diasa, M.A. Portoa, L.T.C. Silvaa, V.L.S. Sáa, A.E.B. Ribeiroc, A.L.M. Santosa, P.G.G. Filhoa
a Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, SE, Brasil
b Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil
c Universidade Salvador, Salvador, BA, Brasil
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Objetivos: Este estudo buscou avaliar o conhecimento dos médicos atuantes na área de obstetrícia a respeito de aspectos importantes envolvidos no manejo de hemocomponentes, tais como riscos transfusionais, parâmetros utilizados para a indicação do seu uso, aplicação de técnicas para a otimização deste manejo e atitude frente aos aspectos éticos envolvidos nesta terapia. Material e métodos: O estudo realizado é do tipo descritivo, observacional, transversal, utilizando dados provenientes de questionário aplicados a obstetras e residentes em obstetrícia. A coleta foi realizada em dois centros de atendimento às gestantes e puérperas: O Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe e a Maternidade Santa Izabel no período de Agosto de 2019 a Julho de 2020. Resultados: Foram captados para o estudo 94 médicos, destes 18 se recusaram a responder o questionário, resultando em 76 obstetras participantes. A idade média dos entrevistados foi de 41 anos. Foi observado que cerca de metade dos entrevistados estão na faixa etária de até 40 anos (51,31%). A maioria deles concluiu a residência medica (78,94%), e destes, 42,10% a finalizaram há menos de 10 anos. Aproximadamente 63,15% dos participantes utilizam condutas práticas para reduzir a indicação de transfusões. Dentre estes, 17% não souberam indicar quais seriam tais condutas. A maioria dos participantes (89,47%) pontuou que o nível de hemoglobina relacionado às indicações de transfusões consiste em até 7 mg/dl. Cerca de 85% dos entrevistados responderam que já indicaram transfusão de hemocomponentes em gestantes, mas 79% referem nunca ter estudado a respeito do uso de tratamentos alternativos às transfusões. Aproximadamente 63% dos participantes utilizam condutas práticas para reduzir a indicação de transfusões. Dentre estes, 17% não souberam indicar quais seriam tais condutas. A maioria dos participantes (89,47%) pontuou que o nível de hemoglobina relacionado às indicações de transfusões consiste em até 7 mg/dl. Em média, 84,21% dos entrevistados responderam que acreditam na existência de riscos envolvidos na prática transfusional em gestantes, embora destes, 61% não responderam quais seriam os riscos. Quando perguntados sobre a indicação de transfusão em gestantes, 90% dos que responderam nunca ter indicado o método, pertenciam à faixa etária menor de 40 anos. Esses também representam a maior parte quando a questão foi se já estudaram sobre tratamentos alternativos (64%). Em contrapartida, os entrevistados com faixa etária superior a 40 anos representaram 55% dos que não aplicam condutas para reduzir transfusões e, quando questionados do interesse em participar de cursos referentes ao assunto, constituíram 75% dos que não participariam de cursos. Conclusão: A maioria dos entrevistados se encontrava na faixa etária de 40 anos e tinha finalizado a residência há 12 anos. Em relação ao conhecimento das práticas alternativas à transfusão, os médicos como um todo demonstraram pouco domínio no assunto. Além disso, dentre os que não demonstraram interesse em aprimorar esse conhecimento com cursos, 75% possuíam idade superior a 40 anos e transfundiriam os pacientes contra a sua vontade. Houve associação significativa entre a crença na existência de riscos associados às transfusões e a finalização da residência médica.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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