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Vol. 42. Issue S2.
Pages 456 (November 2020)
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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PUNÇÃO DO CATETER VENOSO CENTRAL TOTALMETE IMPLANTADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
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C.O. Costaa,b, I.B.S. Monteiroa,b, G.L.O. Rodriguesa,b, A.O. Montelesa,b, A.F. Gomesa,b
a Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
b Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
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Objetivo: Relatar as experiências de enfermeiras na punção do cateter totalmente implantado em um serviço ambulatorial em onco-hematologia.

Material e métodos: Estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a atuação do enfermeiro na punção do cateter venoso central totalmente implantado em um ambulatório de onco-hematologia vinculado a um hospital universitário em Fortaleza/Ceara, no período de março a julho de 2020.

Resultados: Os pacientes acompanhados no ambulatório, que possuem o cateter totalmente implantado, comparecem para realizar a punção por necessidade de manutenção do dispositivo ou para administração de antineoplásicos. Por se tratar de um procedimento invasivo e maior risco de complicações, a punção do cateter deve ser realizada por um profissional treinado e com habilidade técnica-científica. Dessa forma, o procedimento é executado pelas enfermeiras residentes em onco-hematologia e enfermeiras assistenciais da unidade. Inicialmente, realiza-se a palpação do local em que se encontra o reservatório (inserido cirurgicamente, sob a pele, no tecido subcutâneo) para avaliar a profundidade e inserção da agulha. Prossegui-se a punção em técnica asséptica, com agulha do tipo huber point, introduzindo em ângulo reto 90̊ até tocar o fundo do reservatório; realiza-se teste do retorno venoso e lavagem com 20 ml de soro fisiológico (que deve ser livre, fácil e indolor); por fim, é realizado curativo oclusivo para fixação da agulha e prosseguida a infusão da medicação conforme prescrição médica. Para os casos de manutenção do cateter, após a infusão da solução salina, é realizada heparinização com 5 ml de solução (1 ml de heparina/9 ml de soro); retira-se agulha, realiza-se curativo oclusivo e orienta-se o paciente para manter o mesmo por 24 horas.

Discussão: Ainda que o cateter totalmente implantado seja confiável e seguro para a administração de antineoplásicos, deve-se atentar para as possíveis complicações como urticária, extravasamento, sangramento e pneumotórax. Por esses motivos, vale ressaltar alguns cuidados específicos que o manejo do dispositivo necessita: técnica asséptica para punção (minimiza risco de infecção); puncionar com agulha tipo Huber (apropriada para o procedimento por propiciar maior vida útil do silicone puncionável que constitui o reservatório); testar refluxo sanguíneo através da aspiração (checando que o cateter está funcionante para administração); irrigar a via com soro fisiológico após refluxo, coleta de sangue, administração de fármacos, hemoderivados e contraste (diminui risco de obstrução ou infecção do dispositivo); administrar solução de heparina após fim de infusão (aumenta vida útil do cateter por reduzir risco de obstrução); realizar curativo oclusivo (diminui risco de infecção); e orientar o paciente quanto ao risco de extravasamento (alertar a equipe mediante sinais e sintomas de alteração de sensibilidade no local), cuidados com curativo, local da punção e retorno para novo ciclo quimioterápico ou manutenção do cateter.

Conclusão: Em face disso, o papel do enfermeiro é fundamental para aumentar a vida útil do cateter venoso central totalmente implantado, promovendo segurança do paciente, tentando minimizar a ocorrência de eventos adversos, por meio de cuidados específicos, durante o manuseio do dispositivo. Nesse contexto, nota-se a necessidade do profissional ser capacitado e manter-se atualizado para prestar uma assistência segura para os pacientes onco-hematológicos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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