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Informação da revista
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S516-S517 (outubro 2022)
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Páginas S516-S517 (outubro 2022)
Open Access
VALIDAÇÃO DE SISTEMA DE MONITORAMENTO REMOTO CONTÍNUO DE TEMPERATURA NA HEMOTERAPIA: DESAFIOS E SOLUÇÕES DO PROCESSO NA FUNDAÇÃO HEMOMINAS
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FCB Souza, MB Oliveira, FN Givisiez, RMF Silva, PLF Marques, DAJ Junior, DAR Pereira, FG Antunes, MA Ribeiro
Fundação Hemominas, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
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A gestão da cadeia do frio na Hemoterapia é um processo de alta criticidade e importância para o alcance dos objetivos da atividade com qualidade. Desvios nos sistemas de monitoramento de temperatura dos ambientes e equipamentos em todas as etapas dos processos dentro de um banco de sangue, podem levar a graves falhas, impactando a qualidade dos resultados dos testes laboratoriais, dos procedimentos de coleta e/ou transfusão e, principalmente, dos hemocomponentes produzidos e armazenados. O trabalho em questão apresenta os desafios e soluções encontradas durante a validação do monitoramento remoto e contínuo de temperatura (SENSORWEB) nos equipamentos utilizados na cadeia do frio bem como nos ambientes destinados à manipulação e armazenamento de hemocomponentes, amostras biológicas, reagentes e medicamentos. Foi realizada análise comparativa dos dados gerados pelo sistema de monitoramento testado versus os dados obtidos pela leitura periódica dos registradores dos próprios equipamentos. Quando disponíveis, foram também correlacionados os dados de monitoramento dos registradores contínuos ou outros sistemas de monitoramento já validados e que estavam em uso concomitante no período da validação. Os resultados foram tabulados e realizada análise estatística descritiva dos dados e análise de comparação de diferenças dos sistemas ponto a ponto. Foi realizada análise estatística com medidas de tendência central (média, mediana e moda), análises de dispersão dos dados (desvio padrão, amplitude e coeficiente de variação), além da análise dos desvios ou diferenças entre a medição considerada norma, ou padrão (monitoramento manual ou sistema de monitoramento já instalado) versus os dados gerados pelo sistema em validação. Os valores de desvios foram analisados considerando a frequência e desvio máximo permitido para cada tipo de equipamento, tendo em vista características nominais de funcionamento e faixa de trabalho. Os primeiros resultados comparativos mostraram alguns pontos com discrepância entre as temperaturas aferidas pelos registradores dos equipamentos e os registradores do sistema em validação, principalmente para equipamentos que possuem faixas de trabalho nominais mais amplas, como freezers. Após avaliação pormenorizada e individualizada, os desvios foram corrigidos e se relacionavam em suma às seguintes situações: a) Sonda do sistema de monitoramento disposta em local diferente da sonda nativa do equipamento. b) Sonda muito próxima à porta do equipamento e fora da solução de glicerol. c) Sonda de monitoramento instalada pela porta do equipamento impedindo seu fechamento completo. Após as análises dos dados de concordância, desvios e eficiência do monitoramento de cada equipamento, foi possível definir uma configuração ideal de disposição dos registradores e aplicar os critérios de aceitação definidos para a aprovação do sistema de monitoramento remoto. Os sistemas de monitoramento contínuo aliados à tecnologia de Internet das Coisas (IoT – Internet of things), como o sistema validado nesse trabalho, tem muito potencial para agregar qualidade à Hemoterapia. No entanto, a avaliação criteriosa da concordância, precisão e exatidão das medidas é essencial nos processos de validação e incorporação destes sistemas ao escopo de gestão da cadeia do frio dos bancos de sangue.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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