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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1204-S1205 (outubro 2024)
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Páginas S1204-S1205 (outubro 2024)
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SAÚDE MENTAL DE PORTADORES DE TALASSEMIA E ANEMIA FALCIFORME: RELIGIOSIDADE COMO FATOR PROTETIVO
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VF Andreossi, JHCD Santos, MAD Santos, EAO Cardoso
Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Contidas no amplo espectro das doenças crônicas estão as doenças hematológicas crônicas, ou seja, aquelas que envolvem o comprometimento de diferentes componentes do sangue. Assim, o indivíduo portador de uma condição hematológica crônica não somente sofre das consequências que são comuns a qualquer tipo de doenças crônicas, como a necessidade de acompanhamento e atenção contínua sobre a condição e uma alta possibilidade de ter sua qualidade de vida afetada, mas também sofre de consequências específicas relacionadas ao diagnóstico hematológico e os tipos de tratamentos requeridos por ele. Nesse cenário, as doenças hematológicas crônicas, como a talassemia e a anemia falciforme causam quadros sintomáticos e comorbidades que persistem ao longo da vida do paciente e podem afetar qualidade de vida e o bem-estar subjetivo do portador. O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento de sintomas psicológicos e verificar possíveis associações entre estes sintomas e variáveis sociodemográficas e clínicas.

Método

Tratou-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e correlacional. A amostra foi composta por 50 pacientes, acompanhados em um Hemocentro do interior do estado de São Paulo, majoritariamente mulheres (52%, n = 26), média de idade de 32 anos (dp = 10,48), solteiras (64%%, n = 32), sem filhos ou dependentes (66%, n = 33), autodeclaradas brancas (52%, n = 26), com ensino médio completo (44%, n = 22), praticantes de alguma religião (62%, n = 32). Foram utilizados como instrumentos um questionário sociodemográfico e a escala Inventário Breve de Sintomas (BSI), que possibilita o levantamento de sintomas ligados à saúde mental, sendo eles divididos em nove dimensões (Somatização; Obsessivo-Compulsivo; Sensibilidade Interpessoal; Depressão; Ansiedade; Hostilidade; Ansiedade Fóbica; Ideação Paranóide e Psicoticismo). A coleta de dados foi realizada de forma individual e presencialmente nos retornos ambulatoriais dos pacientes. Os dados foram cotados segundo as recomendações técnicas, tabulados e submetidos à análise estatística.

Resultados

Os resultados da análise descritiva indicaram que ao menos metade dos participantes apresentou nível alto ou muito alto de sintomatologia em cinco das nove dimensões avaliadas pelo instrumento. A análise correlacional apontou que pacientes que se consideram praticantes de alguma religião exibiram significativamente menos sintomas de distresse global quando comparados com aqueles que declararam não praticantes (p = 0,007).

Conclusão

a religiosidade se mostrou um fator protetivo para pacientes portadores de doenças crônicas, proporcionando acolhimento espiritual e psicológico e permitindo o estabelecimento de redes de apoio e aceitação da própria condição de saúde. (FAPESP).

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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