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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1205 (outubro 2024)
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HEMO 2024
Páginas S1205 (outubro 2024)
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ENTRE REENCONTROS E RESGATES DE LAÇOS FAMILIARES - A VISITA DE MENORES NO HOSPITAL GERAL
Visitas
304
H Chiattone, RC Rocha, AR Toledo, CF Fontana, RP Varanda, FT Florentino, B Rebecchi, ABS Oliveira, KCR Sousa, SS Lima
Rede D'Or São Luiz – Unidade Anália Franco, São Paulo, SP, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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A experiência de internação hospitalar é geralmente traumática para a maioria dos pacientes em qualquer fase da doença. Embora a internação de um paciente adulto no Hospital possa configurar-se como um período temporal na história familiar, o afastamento de menores pode delinear riscos psicológicos, acarretando frustrações e intenso sofrimento psíquico em decorrência da ameaça do rompimento dos laços familiares, tanto ao paciente como às crianças constituintes da família.

Objetivo

Este trabalho tem como objetivo apresentar o Programa Visita de Menor, como processo integrado, planejado e sistematizado na rotina diária de trabalho do Serviço de Psicologia Hospitalar do Hospital São Luiz – Rede D'Or - Unidade Anália Franco.

Material e método

Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, conduzido na rotina do Serviço de Psicologia Hospitalar em parceria com a Enfermagem do Hospital São Luiz, Unidade Anália Franco, em São Paulo, no período de 2023 a 2024. Utilizamos a pesquisa retrospectiva de evoluções de prontuários no sistema Tasy e as planilhas diárias de controle de atendimentos do Serviço de Psicologia Hospitalar, além da planilha de produção mensal. A amostra foi composta por 52 visitas de menor realizadas a pacientes adultos, com a participação de 228 parentes ou amigos dos pacientes.

Resultados

As Visitas de Menor ocorreram em sua maioria (96%) nas Unidades de Terapia Intensiva Adulto, seguida pela Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (10%), Unidade de Terapia Intensiva Infantil (2%) e Maternidade (2%) e envolveram 67 menores, sendo que 78% eram filhos do paciente e 18%, eram netos do paciente, 3% eram sobrinhos e 1% era afilhado. Os pacientes que receberam as visitas foram avaliados e acompanhados pelo Psicólogo, atingindo 100% de conformidade. Os menores receberam avaliação e atendimento psicológico, não havendo contra indicação nos casos avaliados. As visitas foram acompanhadas por 228 parentes dos pacientes, com prevalência de cônjuges e mães dos pacientes e não houve intercorrências notificadas.

Conclusão

A sistematização da Visita de Menor tem apontado benefícios para pacientes, menores visitantes, acompanhantes e equipes de saúde. Constatamos que os menores sentem-se acolhidos e inseridos no processo de adoecer, minimizando angústia e falsos conceitos pela possibilidade de participação ativa no processo. A seu lado, a possibilidade de expressão de sentimentos e ressignificação do processo de adoecer, a pacientes, visitantes e acompanhantes evidencia a relevância da melhor atenção psicológica, com a singularidade da humanização e do melhor cuidado. Constatamos a relevância do olhar atento do Psicólogo Hospitalar para as necessidades e a melhor experiência do paciente na hospitalização, evidenciando que a sistematização e desenvolvimento do Programa Visita de Menor constitui-se como uma ação de reencontros e resgates desses vínculos afrouxados pelo processo de adoecer.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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