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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S73-S74 (outubro 2024)
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RELATO DE CASO: IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA NO TRATAMENTO DA ISOIMUNIZAÇÃO RH GRAVE DE INÍCIO PRECOCE
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E Thoméa, J Vettorazzib, CR Husterb, S Bigolin-Júniorb, MP Casasolab, TM Helferb, E Vettorazzi-Stuczynskia, GD Chiesaa
a Faculdade de Medicina, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul, RS, Brasil
b Segmento Materno Fetal da Santa Casa de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil
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HEMO 2024

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Introdução

A aloimunização Rh D é uma condição hematológica que pode causar doença hemolítica fetal, resultando em anemia severa e outras complicações perinatais. Tradicionalmente, a transfusão fetal intrauterina tem sido o tratamento padrão para melhorar os desfechos fetais. No entanto, em casos graves e de início precoce, intervenções adicionais podem ser necessárias. A imunoglobulina intravenosa (IVIG), já utilizada com sucesso em várias doenças imunomediadas, surge como uma alternativa promissora para o tratamento de isoimunização Rh grave.

Objetivo

Apresentar um caso de isoimunização Rh grave de início precoce, tratado IVIG, desde a 140 semana, destacando sua relevância e eficácia no contexto hematológico fetal.

Relato do caso

Gestante com 4 gestações anteriores, sendo um parto vaginal, uma cesárea e um aborto espontâneo. Tipagem sanguínea O negativo, com histórico de feto a termo natimorto na gestação anterior devido à sensibilização Rh D grave. Na gestação atual, a sensibilização anti-D foi identificada antes das 12 semanas (teste do anticorpo direto 1:2.000). Devido à gravidade e ao início precoce da sensibilização, optou-se pelo tratamento com IVIG, administrando doses repetidas a cada 7 a 15 dias, entre as 14 e 32 semanas de gestação. Foi mantido acompanhamento através de doppler fetal semanal. Com o tratamento a gestação evoluiu bem, com o nascimento às 35 semanas de gestação, com 2850 g, Apgar 10 no 5º minuto e boa evolução neonatal.

Discussão

Embora o tratamento padrão para isomerização seja a transfusão intra uterina, nos casos, geralmente esse tratamento só pode ser realizado após as 24 semanas de gestação a depender das condições fetais e maternas. Deixando uma janela de oportunidade de tratamento antecipado aberta dessa forma o uso mais IVIG, nos permite agir de forma mais rápida o que possivelmente possa melhorar o desfecho fetal. A imunoglobulina humana surge como uma opções de tratamento para reduzir a gravidade da doença hemolítica e melhorar os desfechos perinatais em casos de sensibilização Rh D grave e precoce, mostrando-se como uma alternativa no tratamento de casos mais graves e iniciados no primeiro ou segundo trimestre gestacional. O caso apresentado confirma um desfecho clínico favorável, sendo uma experiência significativa para o manejo de casos semelhantes, destacando a viabilidade e eficácia da IVIG no tratamento da isoimunização Rh D grave de início precoce.

Conclusão

A administração de IVIG em casos de aloimunização Rh D grave de início precoce mostrou-se eficaz, resultando em desfechos perinatais positivos, podendo ser uma opção de tratamento, especialmente para casos com histórico gestacional ruim e de início precoce. Embora os resultados iniciais sejam promissores, são necessários mais estudos para validar esses achados e estabelecer protocolos específicos para o uso da IVIG no contexto da Isoimunização fetal.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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