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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S73 (outubro 2024)
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INVESTIGAÇÃO DE HEMOGLOBINA VARIANTE EM PACIENTE COM ANEMIA HEMOLÍTICA
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EA Santosa, VRGA Valviesseb, FLC De-Souzaa, RS Carvalhoa, LS Wermelingera
a Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b ospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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O diagnóstico das anemias hemolíticas são desafiadores pois podem ter diferentes causas, tais como: doenças autoimunes, infecções, deficiência enzimática do metabolismo dos eritrócitos, presença hemoglobinas (Hb) variantes e outras. Este trabalho vem apresentar relato de caso de paciente portadora de anemia hemolítica importante. Paciente assinou TCLE, aprovado CEP/HUCFF/UFRJ (5.737.364). Foram realizados exames de sangue contemplando metabolismos férrico, hepático e hemolítico, hemograma completo (Pentra ES60 HORIBA®) avaliação da hematoscopia (Wright), contagem e avaliação de reticulócitos (coloração supravital), pesquisa para Alfa Talassemia (Chong, 2000), CLAE/Hb (Variant I Express, Biorad), vitamina B12, ácido fólico, CFO e Sequenciamento SANGER HBB (chr11: 5226658-5227244, Genome Browser GRCh38/hg38). Mulher, 29 anos, nascida em Cordeiro-RJ, encaminhada ao Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia/UFRJ por médico assistente com anemia hemolítica a esclarecer, tendo os seguintes dados clínicos relatados: anemia moderada sintomática desde infância, episódios de pioras clínica, laboratorial além de necessidade de internação e hemotransfusões. Referenciada após internação em Nova Friburgo/RJ para consulta ambulatorial no serviço de Hematologia do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, com diagnóstico de anemia hemolítica, sendo mantido o tratamento suporte com ácido fólico e iniciada maior investigação diagnóstica. Apresenta histórico familiar de anemia hemolítica, com vários familiares submetidos a esplenectomia com melhora clínica significativa. No momento, aguarda realização de esplenectomia e colecistectomia, pois apresenta colecistolitíase, provavelmente devido à hemólise crônica. Resultados laboratoriais relevantes: VCM 100,7 fL, CHCM 29,7 g/dL e número de plaquetas 89 x 109 /L; ferritina 413 ng/mL, IST 29,7%, Vitamina B12 e ácido fólico normais (317 pg/mL e 17,9 ng/mL, respectivamente); aumento da bilirrubina total (2,14 mg/dL) e direta (0,66 mg/dL); aumento da LDH (719 U/L) e de reticulócito (2,97%). Hematoscopia com policromatofilia e macroplaquetas; por coloração supravital foram observados corpúsculos de Heinz. Pela complexidade das anemias hemolíticas, foram realizados outros exames com resultados negativos para talassemias α e β, para os testes de coombs direto e indireto; atividade G6PD apresentou-se normal (16,4 U/g Hb) e CFO incubada mostrou fragilidade. CLAE/Hb apresentou pico de 6% eluído no tempo de retenção 4,92 segundos. Hb variantes possíveis seriam: Hb Hasharon, Hb Chad ou Hb O-Arab, também foram consideradas Hb instáveis mais frequentes no Brasil (Hb Köln e Niterói). Foram descartadas Hb variantes oriundas da mutação no gene alfa (Hb Hasharon e Hb Chad) pois tal variação apresenta inúmeras conjugações e ampliaria o número de picos no cromatograma, dado não observado. Ainda em investigação molecular mutações oriundas no gene beta (Hb O-Arab, Hb Niteroi e Hb Köln). Os fragmentos submetidos ao sequenciamento SANGER e seus resultados estão sendo avaliados (dados em análise). Caso descrito demonstra importância de diagnóstico diferencial entre Hb variantes para melhor conduta médica, assim como o registro destas hemoglobinas em diferentes estados do Brasil.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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