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Informação da revista
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S111 (outubro 2022)
Vol. 44. Núm. S2.
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Open Access
RELAÇÃO ENTRE CASOS DE INFECÇÃO POR HIV E LINFOMA NÃO HODGKIN NA BAHIA UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2012 A 2022
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LC Lins, WM Medeiros, FMN Souza, DD Barros, WM Medeiros, GC Casas, FM Reis, JMC Oliveira, VSA Silva, NBA Miranda
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, BA, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
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Objetivos

Correlacionar as internações hospitalares por Linfoma não Hodgkin (LNH) (CID10 - C85) com as internações por HIV (CID10 - Z21) e AIDS (CID10 - B20-B24) na Bahia, através da lista de morbidade do CID-10 no período de maio de 2012 a maio de 2022.

Materiais e métodos

Trata-se de um estudo ecológico e transversal, de análise quantitativa, cuja fonte de dados foi o Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH-SUS)

resultados

Entre maio de 2012 e maio de 2022 ocorreram 6.123 internações por linfoma não Hodgkin (LNH) na Bahia. A maior parte dessas foram em homens, representando 57% dos casos (n = 3.489), em indivíduos pardos, com 59% (n = 3.635), predominando na faixa etária de 50 a 69 anos, com 31% dos casos (n = 1.875), sendo 2021 o ano com maior número de internações (n = 887). A taxa de mortalidade por LNH foi de 11,68%, sendo maior nos indivíduos brancos (17,29%). No mesmo período houve 8.135 internações por HIV/AIDS na Bahia, com predomínio em homens (59%) e indivíduos pardos (29%).

Discussão

O vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) é responsável pela supressão dos linfócitos T CD4+ e, consequentemente, imunossupressão levando a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) e a outras doenças oportunistas. O linfoma não Hodgkin é uma neoplasia dos linfócitos que acomete o sistema imune, sendo a segunda neoplasia mais comum nos indivíduos soropositivos, muitas vezes com envolvimento do sistema nervoso central. O linfoma não Hodgkin sistêmico associado ao HIV (LNH-HIV) tem prognóstico ruim com sobrevida de semanas a meses. A terapia antirretroviral promoveu redução na mortalidade de pacientes soropositivos por LNH e outras doenças oportunistas, no entanto, essa neoplasia continua sendo bastante prevalente nessa população e muitos acabam descobrindo o HIV após a diagnóstico de LNH.

Conclusão

Apesar dos avanços no tratamento do HIV/SIDA, pacientes imunossuprimidos são bastante vulneráveis ao desenvolvimento de tumores malignos. O LNH continua sendo uma das principais causas de morbimortalidade. Assim, diagnosticar e tratar de forma precoce é de suma importância para reduzir a morbimortalidade nesses indivíduos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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