Relato de caso: Paciente ARS, mulher, 62 anos, proveniente da cidade de Quedas do Iguaçu, deu entrada no pronto-socorro do HUOP de Cascavel no dia 22/07/2020, devido ao quadro de plaquetopenia e lesão em pé esquedo, caracterizada como pé diabético. Nos exames realizados na cidade de origem, apresentou contagem de plaquetas de 23.000 mm3. A paciente apresenta diabetes melitus tipo 2 e hipotireoidismo. Nos exames admissionais apresentou contagem de plaquetas de 95.100 mm3, com presença de desvio leucocitário a esqueda. Iniciado tratamento com corticoides Dexametasona e Prednisona. Em hemograma realizado no dia 25/07, a paciente apresentou contagem de plaquetas de 7.600 mm3, sendo realizado trasfusão de 06 unidades de plaquetas. Após a tranfusão a contagem foi de 80.900 mm3. Realizado procedimento cirúrgico de desbridamento do calcâneo esquerdo, no dia 01/08, devido a plaquetopenia, foram transfundidos duas unidades de plaquetas durante o procedimento. A paciente segue internada para tratamento pós operatório, porém sem novas alterações nos níveis de plaquetas. Discussão: A purpura trombocitopenica idiopatica (PTI) é uma doença caracterizada por trombocitopenia, onde o individuo possui autoanticorpos, geralmente da classe IgG, direcionados a antígenos da membrana plaquetária, o que leva à destruição precoce das plaquetas e menor contagem de plaquetas circulantes. Os sintomas mais comuns são petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia e menorragia. A gravidade dos sintomas está associada com as contagens de plaquetas, sendo maior quando elas são abaixo de 10.000 mm3, nesses casos provocando hemorragias mais graves, como gastrintestinal e intracraniana. Os pacientes assintomáticos e com contagem plaquetária acima de 30.000 mm3 tendem a seguir um curso clínico favorável, sendo baixa a morbimortalidade relacionada à doença. O tratamento da PTI consiste no uso de corticosteroides, para aumentar a contagem de plaquetas, sendo a Prednisona a de primeira linha, embora a Dexametasona ou metilprednisolona também podem ser usadas, o último teria a vantagem de aumentar a contagem de plaquetas mais rapidamente, portanto, teria uma indicação em casos de maior gravidade. Em pacientes diabéticos são necessárias doses mais altas, o que pode levar a uma descompensação metabólica da glicemia. Uma das complicações mais comuns do diabetes é a formação de úlceras nos membros inferiores, ocasionando o pé diabetico. As úlceras decorrem geralmente de traumas e se complicam com gangrena e infecção, ocasionados por falhas na cicatrização e podem resultar em amputação. A presença de PTI em pacientes diabéticos, pode ser um fator agravante no surgimento de lesões, devido a coagulação desses pacientes estar prejudicada, o que leva à importância do diagnóstico de PTI e acompanhamento desses pacientes.
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