Compartilhar
Informação da revista
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S46 (outubro 2022)
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S46 (outubro 2022)
Open Access
POLIMORFISMOS ENVOLVENDO OS GENES NOS3, ET-1 E THBS1 EM PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA FALCIFORME
Visitas
1170
MMP Lucianoa, CCMX Albuquerqueb, MOO Nascimentoa, ACS Castroc, EJS Freitasc, IPC Tavaresc, JN Vitorianob, SRL Albuquerqueb, NA Fraijb, JPM Netoa,b,c
a Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil
b Programa de Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Hematologia (PPGH), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), Manaus, AM, Brasil
c Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada (PPGIBA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
Mais dados
Objetivos

Investigar associações entre os polimorfismos nos genes óxido nítrico sintase 3 (NOS3), Endotelina 1 (ET-1) e Trombospondina 1 (THBS1) nas complicações clínicas de pacientes portadores de doença falciforme (DF) atendidos na Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), Manaus, Amazonas.

Materiais e métodos

Os dados clínicos e demográficos foram obtidos por meio do prontuário médico. O DNA genômico foi extraído utilizando-se o Kit Brazol®. As análises dos polimorfismos (SNP) foram realizadas utilizando-se sondas TaqMan® pela técnica qPCR e analisada através da plataforma QuantStudio™6 (Applied Biosystems). As análises estatísticas foram realizadas no software Graphpad Prism5, considerados significativos aqueles com p < 0,05.

Resultados

Um total de 275 pacientes foi incluído neste estudo, divididos em SS (230/ 83,6%), SC (23/ 8,3%) e Sβ+ (22/ 8,1%), sendo 118 do gênero masculino e 157 do feminino. O tratamento com hidroxiureia (HU) foi elevado em SS e Sβ+ (̃73,0%) e menor em SC (33,0%), sendo mais frequente nos genótipos NOS3 rs2070744 (RR: 1,83), ET1 rs5370 (RR: 2,67) e ET1 rs1800541 (RR: 1,43). Elevado risco de internação foi encontrado para os genótipos NOS3 rs2070744_CC/CT (RR: 1,94) e THBS1 rs1478604_AG/GG (RR: 1,59) enquanto NOS3 rs1799983_GT/TT (RR: 0,53) apresentou risco reduzido para internações. Interessantemente, os alelos NOS3 rs1799983_GT/TT apresentaram elevado risco para AVC (RR: 4,21), porém, proteção contra distúrbios ósseos, colelitíase e menor risco de hospitalização.

Discussão

Atualmente, diversos trabalhos têm demonstrado envolvimento do endotélio vascular e mediadores inflamatórios na diversidade clínica da Doença Falciforme. Nossos dados mostram que há diferença estatisticamente significativa nas frequências alélicas genotípicas NOS3, ET1 e THBS1 entre manifestações clínicas envolvidas na DF. Importante ressaltar que não houve diferença na prevalência dos SNP entre os grupos SS, Sb+ e SC, implicando talvez que estas observações poderiam ser aplicadas em ambas as doenças. Há poucos estudos relacionados à frequência e correlação clínica desses polimorfismos no Amazonas, sendo de importância obter maior conhecimento sobre a doença, além da necessidade de tentar reduzir a morbidade e mortalidade desses pacientes.

Conclusão

Sabemos que os efeitos hereditários podem ser modulados pelo ambiente, região que se está inserido e até mesmo alimentação, o que influencia diretamente na forma como esse paciente irá ser acompanhado e tratado. Com isso, destaca-se a importância na determinação dos polimorfismos estudados, o que permitirá delinear a clínica adequada para cada paciente e acompanhar sua evolução a fim de aumentar a qualidade de vida do mesmo.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas