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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2043
Acesso de texto completo
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES POR ANEMIA MEGALOBLÁSTICA EM IDOSOS
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G Novaes Rodrigues da Silva, AF Moreira Fiorillo, B Teixeira Campos, G Viterbo Pires, Y Pinho Nascimento, JP de Oliveira Gomes, J Belo Santos Silva, I Serpa Andrade Borges, AP Monteiro Paiva, C Barbosa Carvalho do Carmo
Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A anemia megaloblástica, geralmente causada por deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico, relaciona-se à má absorção, dietas inadequadas e uso crônico de medicamentos. É comum em idosos e impacta a funcionalidade e cognição, portanto, conhecer o perfil epidemiológico das internações é fundamental para guiar estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.

Objetivos

Analisar dados epidemiológicos de internações por anemia megaloblástica em idosos, identificando fatores de riscos e principais problemas para orientar estratégias de prevenção e tratamento.

Material e métodos

Foram selecionados 6 artigos publicados entre 2020 e 2025 nas bases PubMed, Google Acadêmico e SciELO, em inglês, espanhol e português. Utilizou-se de palavras chaves: “hospitalizations of megaloblastic anemia”, “Vitamin B12 Deficiency AND aged” e “megaloblastic anemia and elderly people”. Excluíram-se estudos que não tratavam de idosos e que não envolviam internações.

Discussão e conclusão

Os estudos analisados apontam que o perfil epidemiológico de internações por anemia megaloblástica em idosos tem predomínio feminino (55% a 67%) e em indivíduos acima dos 75 anos. A prevalência de anemia variou de 66% a 73%, e a forma megaloblástica afetou até 25% da amostra. Quadros moderados a graves ocorreram em um terço dos pacientes, e sintomas neurológicos e funcionais em mais da metade. Os principais fatores incluem gastrite atrófica autoimune, dietas restritivas, má ingestão alimentar e o uso prolongado de inibidores da bomba de prótons e metformina. Além disso, o diagnóstico tardio e a investigação laboratorial insuficiente prolongam a internação e favorecem complicações. A anemia megaloblástica em idosos é um desafio clínico, especialmente em contextos hospitalares. Os estudos apontam sua alta prevalência na população geriátrica, além de dificuldades diagnósticas e terapêuticas que influenciam os desfechos desses indivíduos. O predomínio de mulheres e maiores de 75 anos reflete a vulnerabilidade crescente com o envelhecimento, especialmente em ambientes geriátricos e nefrológicos. A prevalência geral de anemia é de até 73%, sendo um quarto dos casos do tipo megaloblástica, destacando a gravidade do problema. A deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico, associada à má absorção intestinal, dietas restritivas e uso prolongado de medicamentos como metformina e IBPs, é um dos principais causadores da anemia megaloblástica. Estudos revelam falhas na identificação precoce desses casos durante a hospitalização. No cenário institucional, a deficiência de B12 tem alta prevalência em relação à má nutrição e baixa ingestão proteica, o que justifica a adoção de protocolos de triagem nutricional nesses ambientes. A gastrite atrófica autoimune, causa comum da má absorção de B12, é um fator etiológico importante, mas frequentemente subdiagnosticado nos serviços gerais. Suas manifestações hematológicas e neurológicas podem ser confundidas com o envelhecimento, o que contribui para o atraso no diagnóstico, favorecendo quadros mais graves e maior risco de complicações. A anemia megaloblástica é frequente em idosos hospitalizados, especialmente em mulheres acima de 75 anos, associada à má nutrição, uso de medicamentos e doenças gástricas. Sua gravidade e possíveis manifestações neurológicas exigem triagem nutricional, investigação laboratorial adequada e diagnóstico precoce. O atraso na identificação compromete o prognóstico e aumenta a internação, evidenciando a importância de uma abordagem preventiva e multidisciplinar.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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