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Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S551-S552 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S551-S552 (outubro 2024)
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PACIENTES COM PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNOLÓGICA: UM PERFIL EPIDEMIOLÓGICO BRASILEIRO
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GS Gueratoa, GDS Almeidab, GS Oliveirac, AGD Oliveirad, IS Marinse, BCDN Souzaf, BF Manzanf, LHMSG Graciollig, HBP Perezh, MV Thomazzonii
a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), São Caetano do Sul, SP, Brasil
b Universidade de Rio Verde (UniRV), Formosa, GO, Brasil
c Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Bauru, SP, Brasil
d Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (CMMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
e Faculdade de Ciências Médicas de São José dos Campos (HUMANITAS), São José dos Campos, SP, Brasil
f Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil
g Faculdade de Medicina de Judiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
h Centro Universitário Ingá (UNINGÁ), Maringá, PR, Brasil
i Universidade de Santo Amaro (UNISA), São Paulo, SP, Brasil
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HEMO 2024

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Objetivos

Delimitar o perfil epidemiológico das internações por Púrpura Trombocitopênica Imunológica (PTI) no território brasileiro de 2018 a 2022 Material e

Métodos

Estudo epidemiológico de abordagem quantitativa, de caráter descritivo e retrospectivo sobre óbitos de pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica, realizado através de extração de dados no DATASUS/MS, na série temporal de 2018 a 2022. As variáveis incluíram faixa etária, sexo e raça/etnia, sendo estratificadas por região brasileira.

Resultados

De 2018 a 2022, o Brasil registrou 1.535 óbitos por PTI. O Sudeste teve a maior concentração, com 671 óbitos (43,7% do total), seguido pelo Nordeste com 435 (28,3%), o Sul com 305 (19,9%), o Norte com 120 (7,8%) e o Centro-Oeste com 107 (7,0%). Essas diferenças regionais podem refletir variações no acesso à saúde, densidade populacional e outros fatores sociais.A análise etária mostrou que a maioria dos óbitos ocorreu em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 572 óbitos, indicando maior vulnerabilidade dos idosos. A faixa de 40 a 59 anos foi a segunda mais afetada, com 660 óbitos, seguida pela de 20 a 39 anos, com 441 óbitos. Pacientes entre 5 e 19 anos somaram 193 óbitos, enquanto as faixas de 1 a 4 anos e menores de 1 ano registraram 49 e 211 óbitos, respectivamente. Esse perfil etário destaca a necessidade de intervenções para grupos vulneráveis, especialmente idosos. Quanto ao sexo, os homens tiveram maior incidência, com 1.445 óbitos, comparados a 1.147 entre mulheres. O Sudeste foi responsável por 53,2% desses casos. Nordeste e Sul também mostraram alta mortalidade masculina, com 233 e 313 óbitos, respectivamente. Na análise étnica, brancos tiveram o maior número de óbitos, com 1.465 casos, seguidos por pardos com 1.147 e pretos com 211. O Sudeste apresentou o maior número de vítimas brancas (770) e pretas (121), enquanto o Nordeste concentrou o maior número de pardos (520).

Discussão

O estudo revelou variações regionais, de gênero e étnicas nos óbitos por PTI no Brasil, destacando a necessidade de políticas de saúde pública que considerem diferenças demográficas e sociais. O Sudeste teve a maior incidência, predominando homens brancos acima de 60 anos, o que exige políticas direcionadas para esse grupo e região. No Nordeste, a discrepância nos óbitos pode ser ligada à menor densidade populacional e acesso precário aos serviços de saúde, mostrando a necessidade de melhorar cuidados de saúde e infraestrutura. Esses dados revelam possíveis desigualdades étnico-raciais na mortalidade por PTI, influenciadas por fatores como acesso à saúde e condições socioeconômicas.

Conclusão

Fatores socioeconômicos e socioculturais devem ser considerados na elaboração de estratégias de saúde para os grupos mais afetados. Outras regiões e grupos étnicos, menos impactados, devem ser analisados, considerando subnotificações e menor acesso à saúde, destacando a necessidade de análises adicionais. Esses estudos são fundamentais para criar programas de saúde pública mais eficazes e inclusivos, visando reduzir os óbitos por PTI. Pesquisas futuras devem explorar causas das disparidades, incluindo fatores genéticos, ambientais e sociais que influenciam a suscetibilidade à doença. Melhorar a coleta de dados e o monitoramento é crucial para garantir que todos os segmentos populacionais sejam adequadamente representados, permitindo políticas de saúde pública adaptadas às necessidades específicas de cada grupo e região.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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