Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S183 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S183 (outubro 2024)
CUIDADOS PALIATIVOS
Acesso de texto completo
O IMPACTO DOS CUIDADOS PALIATIVOS NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM QUADROS DE NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS AVANÇADAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Visitas
223
VHG Silva, VHG Silva
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), São Caetano do Sul, SP, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivos

O objetivo deste estudo é discorrer sobre a relevância do paliativismo em um contexto de neoplasias hematológicas graves, destacando o seu potencial benéfico para a qualidade de vida de pacientes em fase terminal da doença.

Material e métodos

Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando os termos “Palliative Care”, “Hematology” e “Inpa-tients”. Foram selecionados artigos publicados entre 2014 e 2024 nos idiomas português e inglês que avaliaram o papel dos cuidados paliativos na manutenção vital de paciente em Onco-Hematologia. Foram excluídos artigos que não tivessem correlação com o tema.

Resultados

De 25 estudos analisados, os principais achados foram: Os cuidados paliativos são de suma importância para um melhor prognóstico, visando o bem-estar do indivíduo, assim como a priorização da qualidade de vida deste no decorrer da doença e, principalmente, em seu estágio terminal. Nos pacientes onco-hematológicos, essa abordagem multidisciplinar tem como escopo diminuir os impactos da alta carga sintomática que tais enfermos sofrem. Entretanto, constatou-se que determinado grupo possui as maiores taxas de tratamentos severos na fase terminal. Destacaram-se melanoma, linfoma não Hodgkin e leucemia linfoide aguda como as neoplasias mais tratadas com quimioterapia e outras terapêuticas agressivas no último estágio da doença. Outrossim, dados demonstram que não há uma relação entre a permanência dos cuidados tradicionais e uma maior taxa de sobrevida de pacientes em fase terminal. Diferentemente do paliativismo, o qual demonstrou melhorar o prognóstico de enfermos, por meio da redução da carga sintomática e do sofrimento psicológico. Consequentemente, permite-se que o indivíduo aproveite de sua qualidade de vida em meio à experiência do adoecimento.

Discussão

O tratamento de doenças onco-hematológicas com prognóstico desfavorável visa ampliar a sobrevida e preservar a qualidade de vida. Os cuidados paliativos são essenciais, pois reduzem os impactos de tratamentos invasivos e preservam a saúde mental, melhorando o bem-estar no fim de vida. Porém, muitos pacientes e familiares optam por quimioterapia e tratamentos agressivos por longos períodos, desconhecendo o real prognóstico da doença. Nos pacientes onco-hematológicos, a evolução imprevisível os torna mais propensos a aceitar toxicidade em fase terminal, sem melhorar o prognóstico. Isso é preocupante, dada a intensidade dos sintomas físicos e o sofrimento psíquico sem suporte terapêutico adequado. Portanto, é urgente integrar cuidados paliativos na oncologia convencional.

Conclusão

Conclui-se que, atualmente, pacientes com cânceres hematológicos não comumente conhecem ou aceitam opções paliativistas para suas condições, o que acarreta em uma piora da qualidade de vida em estágios mais avançados da doença. É necessário que os pacientes sejam amplamente informados de suas condições e que recebam instrução do que é ou não recomendado por pesquisas atuais de acordo com seus prognósticos, o que pode significar tratamentos menos agressivos e mais focados no alívio de seus sintomas.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas