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Vol. 42. Núm. S2.
Páginas 405 (novembro 2020)
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680
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O APRISIONAMENTO DE PLAQUETAS NA LEUCORREDUÇÃO DE CONCENTRADOS DE PLAQUETAS
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J.G. Bohatczuk, S. Horst
Hemocentro Regional de Guarapuava, Guarapuava, PR, Brasil
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Objetivo: Avaliar a possível perda ou aprisionamento de plaquetas no processo de leucorredução, num estudo comparativo entre dois filtros de leucócitos de marcas diferentes. Material e métodos: Em um estudo no período de junho a julho de 2020, no Hemocentro Regional de Guarapuava-PR, avaliou-se, o número de plaquetas existente em bolsas de concentrados de plaqueta randômicos a serem submetidos à leucorredução e nas bolsas obtidas após o procedimento, para se verificar o possível aprisionamento de plaquetas no filtro destinado a reter somente leucócitos. Foram selecionados 2 grupos de 12 concentrados de plaqueta randômicos e cada um dos quais utilizou para leucorredução filtros de leucócitos para concentrados de plaqueta de marcas diferentes, nomeados no estudo como A e B. Como padrão de referência nas contagens de plaqueta utilizou-se o estabelecido pela legislação, isto é: 5,5×1010 plaquetas por unidade. As contagens de todas as plaquetas dos dois grupos, previamente à leucorredução apresentavam contagens superiores ao padrão e o volume final de cada concentrado de plaquetas após a leucorredução foi atualizado considerando uma perda de 10 ml no processo. Resultados: Verificou-se que, dos 12 concentrados de plaqueta leucorreduzidos pelo filtro A, em relação à contagem inicial, 6(50%) deles mostraram contagens inferiores a 5,5×1010 plaquetas/unidade e 6 (50%) mostraram contagens superiores a 5,5×1010 plaquetas/unidade. Dos 12 concentrados de plaqueta leucorreduzidos pelo filtro B, 2 (17%) apresentaram contagem de plaquetas abaixo de 5,5×1010 plaquetas/unidade e 10 (83%) mostraram contagens superiores a 5,5×1010 plaquetas/unidade. Discussão: É de conhecimento geral as vantagens que a leucorredução traz. Mas, a análise das contagens de plaquetas das unidades que utilizaram o filtro A, demonstrou que 50% delas resultaram em produtos finais com qualidade inferior, em termos de número de plaquetas, com valores até abaixo do especificado pela legislação o que é inaceitável. A análise de resultados das unidades leucorreduzidas pelo filtro B demonstrou um comportamento mais estável onde, ainda que se observasse uma redução no número de plaquetas final em relação ao inicial, os parâmetros para plaquetas estabelecidos pela legislação se mantiveram em mais de 80% das unidades leucorreduzidas. Conclusão: Pela análise de resultados dos filtros A e B ficou evidente que as características dos diferentes filtros de leucócitos podem interferir na quantidade final de plaquetas após a leucorredução, o que é relevante nos casos de transfusão de plaquetas onde esta se justifique. Sem considerar marcas, o filtro A demonstrou grande perda de plaquetas na leucorredução.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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