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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1289
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NÍVEL DE CONFIRMAÇÃO DE SOROLOGIAS NO PROCESSO DE TRIAGEM DE DOADORES DE SANGUE NO CENTRO DE HEMOTERAPIA DE SERGIPE
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JL dos Santosa, JJSA dos Reisa, AJSdV Oliveiraa, FS Santosa, ARS Alvesa, MLA Cruza, WMS Freitasa, RS Silvaa, MdS da Silvab, MadF Portoa
a Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil
b Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE), Aracaju, SE, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A doação de sangue é um tema recorrente em saúde pública. Todo serviço de hemoterapia estabelece um programa laboratorial de controle de qualidade interno e participará de programa laboratorial de controle de qualidade externo. Apesar da triagem, ainda temos uma média de positividade geral no primeiro teste de 5,68% entre 2012‒2022 com queda progressiva ao longo dos anos. A inaptidão identificada na triagem laboratorial será comunicada ao doador com o objetivo de esclarecimento e coleta de uma segunda amostra.

Objetivos

Identificar o nível de confirmação de sorologias em segunda amostra no processo de triagem sorológica de doadores de sangue.

Material e métodos

Este foi um estudo de caráter analítico e descritivo, no qual foi realizada a análise quantitativa e qualitativa dos dados de 1839 doações testadas e retestadas, entre os anos de 2020 e 2024. Os métodos utilizados foram a Quimioluminescência (CL), Eletroquimioluminescência (ECL) e Elisa e as sorologias foram: ANTI-HBc (Elisa e CL), Anti-HBc II (ECL), HBsAg (Elisa e CL), HbsAg II (ECL), HCV Ag/Ab (Elisa e CL), Anti-HCV II (ECL), ANTI-HTLV I/II (Elisa e CL), HTLV-I/II (ECL), HIV Ag/Ab (Elisa e CL), HIV (ECL), Sífilis e Chagas (Elisa, CL e ECL).

Resultados

Dentre as amostras analisadas, 69% tiveram seus exames positivos confirmados, 28% não reagentes e 3% com resultado inconclusivo. Quando fizemos análise separada observamos que 85% dos exames de Sífilis foram confirmados por segunda amostra, bem como 77% dos exames Anti-HBc, 72% dos Anti-HBc II, 67% dos Anti- HCV II, 66% dos HTLV-I/II, 58% dos HIV, 57% dos HbsAg II, 55% dos ANTI-HTLV I/II, 53% dos HCV Ag/Ab, 44% dos de Chagas, 41% dos HBsAg e 38% dos HIV Ag/Ab. Dentre as sorologias que confirmaram, a média das que confirmaram foi maior nos que fizeram inicialmente pela técnica ECL (64%) enquanto pelas duas (Elisa e CL) a média foi de 52,8%. O intervalo entre as amostras variou entre 7 dias e 1853 dias, sendo a média 163,24 dias.

Discussão

Com base nos dados, nota-se que a maior parte dos diagnósticos de primeira amostra são confirmados por uma segunda amostragem (69%), sendo que o intervalo entre as amostras chegou a alcançar mais de 5 anos pois alguns doadores mesmo convocados não retornam de imediato. Observa-se que a maior parte dos exames confirmados são de Sífilis, que é a segunda sorologia com maior positividade (32% dos positivos em um estudo recente no Hemose) e indo de encontro à perspectiva de um terço de não confirmação de Bonet- Bup et al, 2024, seguida por Anti HBc e Hepatite C. A técnica que mais confirmou a segunda amostra foi a técnica por ECL.

Conclusão

É importante a orientação dos doadores sobre a necessidade de repetir os exames em uma segunda amostra, como é importante a escolha das técnicas de detecção empregadas nas sorologias, tanto para a segurança do doador como do receptor.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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