Objetivos: Esse trabalho tem como objetivo analisar e revisar de forma integrativa literaturas acerca da repercussão do uso, principalmente, do Venetoclax em combinação ao Obinutuzumab no tratamento da leucemia linfocítica crônica. Materiais e métodos: O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura acerca dos novos tratamentos na LLC. Foi utilizada a base de dados eletrônicas PubMed e SciELO. A pesquisa abrange os trabalhos recentes publicados no ano de 2019 e 2020 utilizando como descritores: “CLL”, “Therapy”. Resultados: A LCC é o tipo de leucemia mais comum no Ocidente e mais de 80% dos casos apresentam aberrações cromossômicas como, por exemplo, a deleção (13q) correspondendo 55% e a deleção (17p) 8%. A maior parte dos acometidos pela LLC com del(17p) tem prognóstico ruim, com dificuldade da abordagem terapêutica pela quimioterapia, dessa forma o uso de novas terapias tornou-se uma importante estratégia. Nesse contexto, destacou-se o Venetoclax que apresenta menor toxicidade hematológica em comparação com outros medicamentos de sua classe. A terapia como agente único ou em conjunto ao medicamento Obinutuzumab, para o tratamento da LLC tem se mostrado mais eficaz e preciso do que os tratamentos atuais, apresentando respostas promissoras, com elevada taxa de sobrevida, e de livre de progressão.Estudos verificaram, também, a eficácia da monoterapia e da associação venetoclax-rituximab em pacientes com LLC recidivante ou refratária e foram constatadas altas taxa de resposta e de completa remissão, além de doença residual mínima detectável no sangue e na medula óssea em alguns pacientes. Nesses, também são percebidos bons valores de sobrevivência livre de progressão e de duração da resposta, entretanto, as respostas menos duradouras, nesse caso, têm relação com alguns fatores pré-tratamento. Discussão: A LLC é uma neoplasia resultante da proliferação de linfócitos B maduros na medula óssea. O avanço de pesquisas propiciou uma metodologia de tratamento mais objetiva, que está revolucionando permanentemente o cenário terapêutico de agentes quimioterápicos. A monoterapia com venetoclax, inibidor de pequenas moléculas por via oral seletivo do linfoma de células (BCL-2), alcança resultados promissores, no entanto, a associação com outros fármacos é necessária, principalmente, quando a doença não respondeu completamente ao tratamento. Um estudo mais recente, ainda em fase inicial, mostrou superioridade do tratamento com venetoclax-rituximab em relação ao tratamento com venetoclax-obinutuzumab, podendo ser essa umaassociação interessante a ser considerada. O único fator genético que possui correlação com melhor taxa de resposta e completa remissão com a monoterapia com venetoclax é a presença do del(13q). Outras importantes informações são que os pacientes com recidiva de LLC que alcançam doença residual mínima detectável no tratamento com venetoclax têm a resposta mais prolongada e que respostas menos duráveis possuem correlação com alguns fatores pré-tratamento, como adenopatia volumosa e refratariedade ao tratamento com BCRi, mutações dos genes TP53 e do NOTCH1. Conclusão: Conclui-se que estes novos tratamentos representam uma inovação nas opções de terapêutica para pessoas com LLC. Sendo assim, o surgimento destes novos medicamentos têm mudado o paradigma no tratamento desta doença, cuja eficácia clínica é promissora para o tratamento de diversas neoplasias hematológicas e de células B.
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