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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1152-S1153 (outubro 2024)
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MICROBIOMA SALIVAR EM PACIENTES COM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS: REVISÃO NARRATIVA
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247
C Emerick, HS Antunes
Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivos

Explorar as características do microbioma salivar em diferentes fases do transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), analisando suas interações complexas e influência nas complicações orais, especialmente a doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) e mucosite oral (MO).

Material e métodos

Revisão narrativa de literatura com busca nas bases de dados Pubmed, Web of Science, Embase e Scopus, utilizando os descritores “hematopoietic stem cell transplantation”, “bone marrow transplant”, “allogeneic transplantation”, “oral microbiome”, e operadores booleanos para pesquisa.

Resultados

A diversidade do microbioma salivar é tipicamente estável antes da terapia de condicionamento. A presença de bactérias comensais como Streptococcus e Veillonella é predominante. Após o condicionamento, observa-se uma diminuição significativa da diversidade microbiana, com um aumento notável de Enterococcus , Escherichia e Pseudomonas . Um aumento de Fusobacteria está associado a MO grave, enquanto o aumento de Staphylococcus pode indicar maior mortalidade e risco de DECH, destacando o impacto da disbiose durante esta fase. Após o transplante, o microbioma oral tende a retornar parcialmente ao estado de pré-condicionamento, e a recuperação da composição oral está associada a melhora clínica desses pacientes.

Discussão

Os estudos destacam impacto do TCTH no microbioma salivar, com uma redução significativa da diversidade microbiana e um aumento de patógenos oportunistas durante a fase de pós-condicionamento, ambas intimamente associadas ao desenvolvimento e à gravidade da MO e à incidência de DECH. A presença de bactérias específicas antes da terapia de condicionamento pode prever a gravidade da MO, indicando potenciais biomarcadores para uma intervenção precoce. Além disso, a possibilidade de recuperação parcial do microbioma oral após o transplante enfatiza o potencial das terapias direcionadas para melhorar os resultados clínicos.

Conclusão

O microbioma salivar sofre alterações significativas durante o TCTH, com uma diversidade reduzida e um aumento de bactérias patogênicas associadas à MO e à DECH. A monitorização e a modulação do microbioma oral podem oferecer novas estratégias para gerir estas complicações e melhorar prognóstico dos pacientes transplantados.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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