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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1153 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1153 (outubro 2024)
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INTERVENÇÃO ODONTOLÓGICA DURANTE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: RELATO DE CASO
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LCFS Borges, RLC Figueira, T Iwata, VF Junior, GR Neves, AV Matheus, LSS Milare
Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (GPACI), Sorocaba, SP, Brasil
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HEMO 2024

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O linfoma de Burkitt é um subtipo de linfoma não-Hodgkin (LNH) com maior predominância na faixa etária de 0 a 19 anos. Essa doença representa cerca de 5% dos cânceres nessa população, ocupando o 3ºlugar das neoplasias malignas mais comuns na infância e adolescência. O tratamento, geralmente, é feito com quimioterapia e apresenta boa resposta, representando uma chance de cura de até 90% quando o câncer é diagnosticado nos estágios iniciais. No entanto, se o linfoma não responde ao tratamento inicial, o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é uma forma de tratamento que pode dar ao paciente uma maior chance de cura.O presente estudo relata o caso clínico de uma paciente de 8 anos, gênero feminino, portadora de Linfoma de Burkitt recidivado. Ao ser admitida no setor de transplantes do hospital GPACI/Sorocaba passou por avaliação odontológica inicial. Essa inspeção oral e radiográfica por meio do RX panorâmico, tem como objetivo avaliar a presença de focos infecciosos, qualquer condição de risco infeccioso deve ser tratada previamente. A mesma apresentou boas condições orais estando apta do ponto de vista odontológico. Foi submetida a mobilização e coleta das células por leucoaférese para realização de TCTH autólogo.O regime de condicionamento foi realizado com Bussulfano e Melfalano. Pós-infusão das células, no D+4, a paciente evoluiu com quadro de diarreia secundária ao Melfalano e, a partir do D+6, apresentou os primeiros sinais e sintomas de mucosite em cavidade oral (odinofagia, eritema oral,babação e perda tecidual em região de ventre de língua), evoluindo com quadro de mucosite oral grau 2 com necessidade de analgesia com morfina e dieta enteral.Como intercorrência infecciosa, apresentou choque séptico por Pseudomonas mendocina no D+13, com transferência para UTI e uso de droga vasoativa por 24h, com boa resposta ao tratamento com antibióticos de amplo espectro. A paciente permaneceu internada na UTI até o D+16 e recebeu alta hospitalar no D+22.Desde o primeiro dia de internação foi assistida e orientada pela equipe de odontologia, onde foi utilizado protocolo fitoterápico, bochecho com clorexidina, chá de camomila e laserterapia de baixa potência realizada diariamente até a resolução das lesões orais. Com a intervenção da equipe de odontologia o quadro de mucosite oral não evolui para graus mais elevados. A atuação do dentista dentro da equipe interdisciplinar foi fundamental para melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo tempo de internação e consequentemente maiores gastos hospitalares.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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