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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S80 (Outubro 2021)
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LINFOMA DE ALTO GRAU NÃO RESPONSIVO À QUIMIO E RADIOTERAPIA EM PACIENTE JOVEM - UM RELATO DE CASO
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IL Silva, MFR Marques, TA Torres
Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Brasília, DF, Brasil
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No Brasil, estimam-se quase 15 mil novos casos de linfomas para cada ano do triênio de 2020 a 2022, sendo o Linfoma não Hodgkin (LNH) o mais incidente. Os linfomas de alto grau, se apresentam em cerca de 50% dos casos de LNH, sendo incluídos nessa categoria o linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B, o linfoma folicular pouco diferenciado, o linfoma de células do manto, o linfoma de células T periférico e o linfoma de grandes células anaplásico. Embora o panorama de tratamento destes pacientes tenha mudado completamente com o advento do regime CHOP e a introdução do rituximabe nos casos de pacientes com CD20 positivo, aqueles em estágios avançados seguem apresentando poucas chances de cura. L.M.A.F, 20 anos, sexo femino, residente em Brasília-DF, previamente hígida, procurou uma Unidade de Pronto Atendimento com queixa de edema em membros superiores, face e tronco, associado a dispnéia e posteriormente estridor respiratório. Os exames de imagem evidenciaram massa volumosa em mediastino com compressão de traquéia até a carina. Paciente foi encaminhada para um Hospital Terciário do Distrito Federal, com o intuito de realizar Biópsia e dar continuidade ao acompanhamento com Unidade de Cirurgia Torácica. Durante a realização da biópsia, observou-se a necessidade de realizar intubação orotraqueal e posteriormente traqueostomia, devido a grande dificuldade de ventilação da doente em função da compressão torácica pela massa mediastinal. Devido à piora clínica optou-se por início precoce da quimioterapia, sendo o regime CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina e vincristina) o escolhido. Nenhuma melhora clínica foi evidenciada em tomografia de tórax após o primeiro ciclo. O resultado da biópsia mostrou tratar-se de um Linfoma de Alto Grau - Imunofenótipo B com expressão de CD30, Ki 67 80̃90%, CD3 negativo, CD20 positivo, CD10 negativo, CD30 positivo, CD23 negativo. Optou-se então por radioterapia de urgência em conjunto com o esquema quimioterápico DA-EPOCH (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e etoposídeo), a paciente realizou 2 ciclos deste protocolo. Não houve resposta ao tratamento e a mesma evoluiu com Síndrome da Veia Cava superior, Insuficiência Renal Aguda (IRA), arritmia cardíaca, derrame pericárdico, sepse, choque séptico e diversas reinfecções, sempre tratadas com antibióticos de amplo espectro, por tempo prolongado. Como consequência de suas complicações, a paciente perdeu a movimentação dos membros superiores, apresentando limitações importantes de amplitude de movimento, encurtamentos e contraturas musculares e fraqueza generalizada. Ademais, o quadro evoluiu com impossibilidade de desmame da ventilação mecânica por franco desconforto respiratório e lesão por pressão, devido a imobilidade. Dado a impossibilidade de dieta oral, iniciou terapia nutricional enteral evoluindo com intolerância à fórmula enteral, sendo necessário o uso de nutrição parenteral total. Por não apresentar mínima resposta aos tratamentos propostos, a unidade de hematologia priorizou pela realização apenas medidas de conforto, excluindo a possibilidade de tratamento curativo e orientando a equipe a não realizar medidas heróicas como: reanimação cardio respiratória em caso de Parada Cardiorrespiratória, configurando então, o caso como cuidados paliativos exclusivos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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