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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S135-S136 (Outubro 2021)
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LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA: REVISÃO DE LITERATURA E ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA CIDADE DE PASSO FUNDO, NO RIO GRANDE DO SUL
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FM Carlottoa, MO Ughinib, C Zanotellic, D Weberc, DR Almeidab
a Universidade de Passo Fundo (UPF), Passo Fundo, RS, Brasil
b Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HCPF), Passo Fundo, RS, Brasil
c Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Passo Fundo, RS, Brasil
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Vol. 43. Núm S1
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Objetivos

Este artigo, implantou uma planilha desenvolvida, para controle e avaliação de resposta molecular nos pacientes. Além disso, buscamos identificar o perfil epidemiológico dos casos acompanhados no Ambulatório de Hematologia Oncológica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HCPF) atendidos desde Janeiro de 2000 até Junho de 2020.

Método

Os dados coletados foram tabulados e submetidos à análise estatística descritiva.

Resultados

Foram analisados 70 pacientes com leucemia mieloide crônica. Desses, haviam 37 homens (52,8%); a média de idade foi de 62 anos (± 14,5). Em relação ao seu tratamento, todos os pacientes iniciaram a terapia da doença com o medicamento imatinib. No que se refere à resposta em primeira linha, 38 pacientes (54,28%) apresentaram resposta ótima desde o primeiro BCR ABL coletado com 3 meses (<10%) após o início do tratamento e, permanecem, até os dias atuais. 13 indivíduos (18,5%) chegaram a expressar, com em média 3 meses de tratamento, BCR ABL de alerta (>10%), mas, após mais 3 meses de acompanhamento, já haviam progredido para resposta ótima (<1%). Somente um paciente (0,014%) que apresentava resposta ótima teve falha de tratamento após um ano. 20 pacientes (28,5%) ao todo apresentaram falha de tratamento, considerada após 12 meses, (BCR ABL 1-10%) necessitando ir para tratamento de segunda linha. No que se refere ao momento de diagnóstico, percebemos que a incidência dessa neoplasia vem aumentando nos últimos 5 anos, já que 59,8% dos nossos pacientes tiveram diagnóstico a partir de 2015. Dessa forma, a média de tempo de tratamento dos pacientes em nosso estudo é de 77 meses.

Discussão

Molecularmente, a LMC tem sua origem na translocação dos cromossomos 9 com o 22, chamado Cromossomo Filadélfia (Ph +), presente em mais de 98% dos casos. Essa translocação gera fusão de segmentos dos genes ABL (no cromossomo 9) e BCR (no cromossomo 22), dando origem a um gene quimérico BCR-ABL que é traduzido em uma proteína BCR-ABL quimérico. A introdução de inibidores de tirosina quinase para o tratamento da LMC melhorou substancialmente a sobrevida, que passou de 20 a 53% em 10 anos para cerca de 90%. Graças a essas terapias direcionadas molecularmente, a maioria dos pacientes com LMC, tratados na fase crônica da doença, alcançam a resposta citogenética completa após um ano de tratamento. A definição de uma resposta molecular mais alta (RMMA; BCR-ABL1 / gene de controle < 0,1% ou redução de 3 logs em relação a linha de base), representa um dos principais objetivos a serem alcançados. Em vários estudos tem sido mostrado que resposta molecular precoce tem um forte valor prognóstico. Recomenda-se realizar o monitoramento molecular durante o tratamento a cada 3 meses. Os doentes que não obtiverem uma resposta hematológica completa por 3 meses devem ser considerados para uma mudança na terapia. A má adesão ao tratamento e as interações medicamentosas devem ser descartadas antes de definir um paciente como tendo resistência a TKI e modificar a terapia.

Conclusão

No nosso serviço, como foi demonstrado no artigo, conseguimos perceber que o uso de imatinib traz resposta ótima para a maioria dos pacientes em até 6 meses. Salientamos a importância de manter acompanhamento dos pacientes pela possível mudança de padrão de resposta, como ocorreu com uma paciente do nosso estudo.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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