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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S471 (outubro 2024)
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LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA: ANÁLISE IN SILICO NO GENE TP53 E SUAS IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS
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TRX Viana, RP Ratti, LT Rabi
Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, SP, Brasil
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Introdução

A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica caracterizada pela proliferação descontrolada de células mieloides. O gene TP53, conhecido por sua função de supressor de tumor e regulação do ciclo celular, desempenha um papel crucial na resposta ao dano do DNA. Polimorfismos nesse gene podem afetar a progressão da LMC e a resposta ao tratamento. Este estudo visa analisar in silico polimorfismos no gene TP53 para entender suas implicações clínicas e terapêuticas na LMC.

Objetivos

Analisar o impacto funcional dos polimorfismos no gene TP53 e suas implicações clínicas e terapêuticas na LMC.

Material e Métodos

Trata-se de uma análise in silico dos polimorfismos do gene TP53 e sua relação com a eficácia das terapias em LMA. Para isso, foram utilizadas 13 ferramentas bioinformáticas, incluindo PredictSNP1 (que abrange PredictSNP, SIFT, PolyPhen-1, PolyPhen-2, MAPP, PhD-SNP, SNAP, PANTHER e nsSNPAnalyzer), iStable (que abrange iStable, MuPRO e I-Mutant)e DynaMut2. Essa seleção baseou-se na capacidade dessas ferramentas de prever o impacto das variações genéticas nas proteínas, possibilitando uma avaliação abrangente das consequências das alterações de aminoácidos nas proteínas.

Resultados

A alteração de aminoácidos R335C (rs375444154) foi associada a uma redução significativa na estabilidade da proteína. A ferramenta i-Mutant2.0 SEQ indicou uma diminuição de -0.60, o DDG apontou -0.85315256, e o MUpro mostrou um valor de 0.571073, todos sugerindo uma perda de estabilidade. A ferramenta iStable também confirmou a alteração como deletéria. Esses resultados sugerem que a alteração R335C pode comprometer a estabilidade da proteína, o que pode ter implicações funcionais significativas.

Discussão

Os resultados in silico indicam que a variação R335C no TP53 pode causar alterações estruturais significativas, afetando a capacidade do TP53 de se ligar ao DNA e regular a transcrição de genes envolvidos na resposta ao dano do DNA. Essas alterações podem levar a uma regulação inadequada do ciclo celular, contribuindo para a proliferação descontrolada das células leucêmicas. A análise revelou também que a mutação pode interferir na resposta do TP53 a terapias baseadas em indução de apoptose, sugerindo uma possível resistência a tratamentos convencionais. A correlação com dados clínicos mostrou que pacientes com a mutação R335C podem ter um prognóstico diferente e uma resposta variável aos tratamentos, reforçando a necessidade de abordagens terapêuticas personalizadas.

Conclusão

A análise in silico da variação R335C no gene TP53 oferece insights valiosos sobre suas implicações funcionais e clínicas na LMC. A variação pode comprometer a função normal do TP53, afetando a regulação do ciclo celular e a eficácia dos tratamentos. Estes achados destacam a importância de considerar a presença de polimorfismos no TP53 ao planejar estratégias terapêuticas para pacientes com LMC, enfatizando a necessidade de abordagens personalizadas e novas opções de tratamento para melhorar o manejo da doença.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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