
Evidenciar o baixo índice de transfusão de sangue nas prostatectomias realizadas pela técnica robótica, comparando com os achados de literatura sobre transfusão de sangue nas prostatectomias realizadas em céu aberto.
MétodosFoi avaliado o número de cirurgias que necessitou de concentrado de hemácias, dentre as 96 prostatectomias realizadas pela técnica robótica no período de 1 ano, em um hospital da rede privada, situado no município do Rio de Janeiro, atendido pelo serviço de Hemoterapia do Grupo GSH.
ResultadosDas 96 cirurgias analisadas, somente uma recebeu transfusão de 1 unidade de concentrado de hemácias.
DiscussãoA cirurgia pela técnica robótica é um procedimento minimamente invasivo que permite melhor visualização de pequenos vasos e a realização de um controle hemostático mais eficaz. Associado à pressão positiva criada pelo pneumoperitônio com a insuflação com o CO2, resulta em um sangramento perioperatório significativamente menor quando comparado com a técnica aberta (média de 800 mL na cirurgia aberta vs. 250 mL nas cirurgias minimamente invasivas). Corroborando tais achados, estudos mostram uma menor taxa de transfusão sanguínea nas modalidades minimamente invasivas quando comparadas à cirurgia aberta.
ConclusõesOs dados encontrados confirmam o que já é descrito em literatura, que a prostatectomia assistida por robótica está associada a diminuição dos riscos de perda de sangue operatório e a menor necessidade de transfusão de sangue.