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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2952
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HEMATOPHONE: UMA FERRAMENTA PARA PROMOVER ACESSO AO ESPECIALISTA, ALÉM DE PROPORCIONAR EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SAÚDE
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VdA Bastos, AdOG Golineli, DdN Ynoue, DM Lobert, HM Teano, ME Pelicer, LN Melo
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (FMB-UNESP), Botucatu, São Paulo, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Hematologia Clínica é uma área requisitada pela população brasileira, tendo em vista a quantidade de alterações hematológicas que diversas doenças podem causar e à pouca abordagem da disciplina na maioria das Escolas Médicas do país. Na rede do SUS temos a concentração de Hematologistas em hospitais terciários e em Ambulatórios de Especialidades Médicas, o que acaba afunilando o acesso à especialidade. Pensando nisso, e na educação continuada criou-se o projeto do TeleHemato através do HematoPhone que foi disponibilizado aos médicos da atenção primária de Botucatu a partir de fevereiro de 2025.

Objetivos

Reduzir a fila de espera no acesso a especialidade por meio da triagem de casos e endereçamento adequado, promover saúde e atendimento de qualidade à população da cidade, além de realizar a educação continuada para os médicos generalistas e os especialistas da rede, visando também a valorização das discussões por teleatendimento, gerando recursos ao Hospital e à Rede.

Material e métodos

Criação de um Whatsapp comercial, com recursos da professora participante, que foi disponibilizado aos médicos da APS de Botucatu, através do qual entram em contato com caso clínicos e dúvidas de hemograma, sendo triados e orientados sobre condições necessárias para a discussão no TeleHemato. Posteriormente, junto ao corpo de Hematologistas do HCFMB, é feita uma discussão de caso clínico através da plataforma Google Meets, disponibilizada gratuitamente pela UNESP. Após discussão e consequente educação em Hematologia, os médicos da APS mantêm o seguimento dos casos nos quais não há componente de Hemopatia Primária, e nos que há suspeita, é feito o encaminhamento via Anexo 1 para o setor terciário. O trabalho é realizado por um grupo composto por alunos da Monitoria de Hematologia, monitores, Professora e médico Hematologista contratado. A consulta é então registrada e lançada no sistema como teleatendimento, e o Hospital das Clínicas consegue receber por esse atendimento remoto.

Resultados

Nos 5 meses em que o projeto está em atividade, foram realizados 9 atendimentos via plataforma Google Meets, com discussão de 12 casos de pacientes distintos e dadas as devidas orientações. Nenhum dos casos discutidos se caracterizaram como Hemopatia Primária, e todos se enquadraram em alterações de hemograma/ marcadores de doenças não-hematológicas. Os temas mais abordados foram Citopenias secundárias à Síndrome Metabólica, Cirrose Hepática, infecção por H. pylori, Tireoidopatias e Sangramento Uterino Anormal.

Discussão e conclusão

O acesso ao especialista pela atenção primária é dificultado por diversos motivos (por exemplo: número reduzido de profissionais), e embora haja mecanismos de encaminhamento, ainda há um gargalo entre a capacidade física de ambulatórios da especialidade e a demanda da atenção primária. Esse projeto foi criado como maneira de suprir essa demanda represada, além de promover educação em saúde para o médico generalista ou da Medicina de Família e Comunidade.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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