
Segundo a Pan American Health Organization (PAHO), estima-se que em torno 1.3 bilhão de pessoas vivam com alguma deficiência visual no mundo. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, sendo 500 mil cegas e cerca de 6 milhões com baixa visão. Este estudo explora estratégias realizáveis diante realidade do cuidado farmacêutico para auxiliar na elaboração de documentos voltados para pacientes com deficiência visual, visando melhorar a adesão ao tratamento de medicamentos orais e a orientação no acompanhamento de condições hematológicas.
Material e métodosRealizou-se uma revisão bibliográfica utilizando fontes como, Scielo e Pubmed e descritores: deficiência visual e cuidado farmacêutico, além de diretrizes para a criação de documentos acessíveis, com foco em formatos que atendam às necessidades de pacientes com deficiência visual. Foram avaliados recursos e técnicas para garantir que a informação seja compreensível e utilizável.
ResultadosPara orientar eficazmente pacientes com deficiência visual durante o acompanhamento, é crucial desenvolver estratégias específicas que atendam às suas necessidades. Adotar diferentes formatos, como braille, áudio e documentos digitais compatíveis com leitores de tela, assegurando que a informação seja acessível a todos que precisam. Escrever textos claros e bem estruturados, com alto contraste e fontes de tamanho adequado em documentos digitais, garantindo uma apresentação clara e organizada das informações. Usar tecnologias e implementar ferramentas tecnológicas, como aplicativos de leitura de tela e softwares de conversão de texto para áudio, para facilitar o acesso à informação e garantir a autonomia do paciente. Participar e promover capacitações e educar profissionais de saúde sobre a importância da acessibilidade e orientar quanto às melhores práticas na criação de materiais que atendam às necessidades dos pacientes com deficiência visual. Discussão:Existem poucos estudos disponíveis sobre o tema, o que destaca a necessidade de uma investigação mais profunda. É crucial explorar conceitos específicos para profissionais da saúde, como desenvolver materiais educativos que abordem os desafios enfrentados por pacientes com deficiência visual. Além disso, é fundamental criar cursos que ensinem melhores abordagens para lidar com esses pacientes e estabelecer meios eficazes de comunicação entre profissionais e pacientes. Manter-se atualizado sobre as ferramentas que facilitam o dia-a-dia dos pacientes e garantir o acesso a essas ferramentas para pessoas que têm menos informação também são pontos essenciais a serem considerados em especial pacientes oncohematologicos que fazem uso de diversos medicamentos orais e de alto custo.
ConclusãoA criação de documentos acessíveis é fundamental para melhorar a adesão e a orientação no acompanhamento de pacientes com deficiência visual em tratamentos oncohematológicos, face a incorporação de novas tecnologias crescentes na hematologia em especial medicamentos orais. A adoção de formatos acessíveis e o uso de tecnologias assistivas são essenciais para garantir que todos os pacientes possam receber e compreender as informações necessárias para um tratamento eficaz e seguro.