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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S488 (Outubro 2022)
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SOROLOGIA
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DESCARTE SOROLÓGICO E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS DOADORES REAGENTES PARA SÍFILIS DE JANEIRO DE 2021 A MAIO DE 2022 NA COLSAN - ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE COLETA DE SANGUE
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NMRD Vale, RM Parreira, LT Borba, GP Celiberto, BASS Rocha, CP Arnoni, AJP Cortez, FRM Latini
Associação Beneficente de Coleta de Sangue (COLSAN), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 44. Núm S2
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Introdução

Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida por via sexual, vertical, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado. Se não for tratada de forma precoce, pode comprometer diversos órgãos e evoluir para complicações que levam ao óbito. De acordo com o último boletim de produção hemoterápica referente ao ano de 2020, divulgado pela Anvisa, sífilis foi o principal fator para inaptidão de doadores de sangue. O aumento nos casos de Sífilis também foi evidenciado no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde referente ao ano de 2019.

Objetivo

Levantar o descarte sorológico para Sífilis no período analisado e o perfil epidemiológico dos doadores de sangue reagentes para Sífilis.

Material e métodos

Foi realizado levantamento de 227.559 amostras triadas no Laboratório de Sorologia da Colsan no período de janeiro de 2021 a maio de 2022 para verificar a positividade de Sífilis. Foi realizado levantamento dos dados de 1.917 doadores reagentes para Sífilis no período analisado. Os dados utilizados foram coletados do sistema informatizado da Instituição e analisados no Excel.

Resultados

No período analisado foram triadas 227.559 amostras e destas 1.917 foram reagentes para Sífilis, o que representa um descarte de 0,84%. Dos doadores reagentes, 57,64% foram do sexo masculino. Com relação à raça, 79,34% se declararam brancos, 20,08% pretos e 0,57% amarelos. O nível de escolaridade mais comum entre os doadores reagentes foi o Ensino Médio Completo (65,57%) seguido do Superior Completo (19,67%). A faixa etária predominante de doadores reagentes para Sífilis foi de 16 a 29 anos (34,74%). De acordo com a região, verificamos que os postos de coleta localizados no interior do Estado de São Paulo (Jundiaí e Sorocaba) descartam menos amostras para sífilis do que os postos de coleta localizados em São Paulo Capital e Região Metropolitana (ABC Paulista).

Discussão e conclusão

Apesar de possuir tratamento e diagnósticos simples, a Sífilis continua sendo muito frequente na população. Na população de doadores de sangue, foi possível verificar que a prevalência de Sífilis é mais comum em homens, faixa etária de 16 a 29 anos, com Ensino Médio Completo, corroborando com os dados de 2019 levantados pelo Ministério da Saúde. Nesse contexto, pode-se concluir que são necessárias ações e campanhas públicas frequentes e contínuas a fim de informar, de maneira mais eficaz, sobre o diagnóstico e tratamento da Sífilis para que a infecção deixe de ser, gradualmente, um grave problema da saúde pública em todo o mundo.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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