
O objetivo deste trabalho é analisar a correlação entre parâmetros plaquetários e quantidade de plaquetas, intensificando a importância do plaquetograma na rotina clínica e laboratorial.
Material e métodoTrata-se de estudo retrospectivo, transversal e descritivo, para a análise de 320 plaquetogramas obtidos a partir de hemogramas coletados em um laboratório de analises clínicas da cidade de Aracaju-Sergipe, no período de outubro de 2018 a setembro de 2019. Comparou-se valores de plaquetas a fatores como sexo, faixa etária, bem como aos parâmetros plaquetários (VPM e PDW). A tabulação e organização do banco de dados se deu por meio do programa Excel 365 e em seguida, analisado estatisticamente pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 22,0. Foram aplicados os testes Exato de Fisher, Qui-quadrado de Pearson, Kolgomorov-Smirnov com Correlação de Lilliefors e Correlação de Pearson.
ResultadosAo comparar contagem de plaquetas com o sexo e faixa etária, observou-se que não houve diferença significativa em relação ao sexo (p=0,574), contrário à faixa etária, aonde o valor de p foi < 0,001. Para faixa etária, os resultados alterados de plaquetas no intervalo compreendido entre 0-11 anos, demonstraram maior correlação estatística (70,3%). A correlação entre VPM e plaquetas, resultou em uma força de relação negativa fraca. As relações da contagem de plaquetas e PDW evidenciou que houve uma força de correlação que se repetiu simultaneamente como negativa fraca. Já na interpretação da significância estatística dos parâmetros entre VPM e PDW observou-se uma correlação positiva forte entre eles. Foi evidenciado que entre o PDW e as plaquetas a força de correlação se repetiu simultaneamente como negativa fraca de -0,434. Na interpretação da significância estatística dos parâmetros entre VPM e PDW observou-se uma correlação positiva forte entre eles de 0,852.
DiscussãoA avaliação do tamanho e da morfologia das plaquetas tornou-se útil no diagnóstico de pacientes com várias desordens plaquetárias, e mesmo se a contagem de plaquetas estiver nos limites normais, anormalidades clínicas significativas também podem ser detectadas, o que evidencia a importância dos parâmetros plaquetários do hemograma. Fuchs, 2016, comenta que há variabilidade de VPM entre indivíduos e mesmo em um determinado indivíduo, pois plaquetas são heterogêneas em tamanho e densidade, porém a análise do VPM denota-o como um importante biomarcador de reatividade plaquetária, sendo relevante em condições propensas a sangramento, bem como a eventos.
ConclusãoEste estudo demonstrou haver correlação estatística entre plaquetas e seus principais parâmetros para avaliação morfológica, embora às vezes uma correlação fraca ou forte.