
O objetivo deste presente trabalho é relatar a importância da fenotipagem eritrocitária dos sistemas ABO, Rh, Kell, Kidd, Duffy e Diego a fim de prevenir a aloimunização.
Material e método: A pesquisa trata-se de uma revisão de literatura com busca nas plataformas PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico. Foram analisadas publicações do ano 2007 até o ano de 2021, utilizando os descritores: Aloimunização, fenotipagem eritrocitária, fenótipos dos sistemas ABO, Rh, Kell, Kidd, Duffy, MNSs e Diego, transfusão sanguínea e imuno-hematologia.
ResultadosA Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea (International Society of Blood Transfusion, ISBT) reconheceu cerca de 360 antígenos do grupo sanguíneo, sendo 326 caracterizados e classificados em 39 sistemas de grupos sanguíneos. Todos os sistemas dos grupos sanguíneos são importantes na terapia transfusional, porém, os sistemas mais importantes quanto a imunogenicidade e de maior relevância para fenotipagem eritrocitária pré-transfusional são: ABO, Rh, Kell, Kidd, Duffy, MNSs e Diego, pois esses antígenos estão fortemente associados a reações 11 transfusionais imediatas ou tardias e doença hemolítica do recém-nascido.
DiscussãoAlguns autores relatam a incidência de anticorpos irregulares em algumas regiões e ressaltam a importância que a fenotipagem eritrocitária possui para se evitar a aloimunidade. A fenotipagem eritrocitária completa tem um custo mais elevado, mas diversos estudos apontam o quão importante essa técnica é para evitar a formação de anticorpos irregulares. Rodrigues e colaboradores (2018) em seu artigo fala a importância e necessidade ao menos a fenotipagem dos sistemas ABO, RhD, RhCE, Kell, MNSs, Kidd e Duffy para paciente politransfundidos e com doenças agudas e crônicas, já paciente com menor gravidade sugere-se ao menos a realização dos testes dos sistemas ABO, RhD, RhCE, Kell já que possuem um menor custo, essa medida já irá assegurar uma redução na formação de aloanticorpos.
ConclusãoDiante da pesquisa realizada, foi possível constatar que em paciente politransfundidos, principalmente, faz-se necessária a realização da fenotipagem eritrocitária tanto do paciente como do hemocomponente a ser transfundido, com o intuito de evitar a aloimunização e não haver dificuldades de encontrar hemocomponentes com prova cruzadas compatíveis devido a presença de aloanticorpo.