
O banco de sangue é responsável pelo abastecimento de sangue e seus derivados, atendendo toda a rede pública e privada de saúde dos estados brasileiros, com quase dois milhões de habitantes. Neste contexto regional, o diagnóstico da doença de Chagas possibilita também a triagem sorológica de doadores de sangue. Trata-se de um estudo transversal que abrangeu o período de 2016 a 2020, no qual foram avaliadas as fichas dos candidatos a doadores de sangue quanto a idade, sexo, nível educacional e procedência. Para realização da triagem laboratorial foi realizado o teste imunoenzimático ELISA. O presente estudo teve como objetivo relatar um caso de Anemia Aplástica, com a associação à Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), enfatizando os aspectos fisiopatológicos, clínicos, diagnósticos e tratamento.
ResultadosDos 114.499 candidatos a doadores no período, 268 (0,23%) tiveram sorologia positiva para doença de Chagas, sendo 79,5% homens e 20,5% mulheres, 65% destes com nível educacional entre 1ªgrau incompleto e 2°grau completo.
DiscussãoA prevalência de amostras soropositivas vem decaindo ao longo do período, no entanto, o alto percentual de casos oriundos de Sergipe entre adultos em idade economicamente ativa reflete a transmissão ativa da doença na região.
ConclusãoNovos testes sorológicos para triagem com melhor acurácia são necessários, reduzindo o descarte desnecessário de bolsas de sangue, os custos para o Sistema Único de Saúde, e a insegurança para os pacientes e familiares.