Objetivos: Analisar e discutir o impacto da pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19) no suprimento de hemocomponentes dos Bancos de Sangue. Material e métodos: Revisão bibliográfica nas plataformas de dados PubMed, LILACS e SciELO, fazendo o levantamento de dados da influência da pandemia na transfusão de sangue no Brasil em 2020, de forma não sistemática, sem restrição de tipo de estudo ou idioma. Resultados: Constatou-se que os pacientes que necessitam de transfusões de sangue viram-se ameaçados, uma vez que, apesar de o coronavírus se instalar preferencialmente nos tratos respiratórios superior e/ou inferior, a possibilidade de disseminação viral em plasma ou soro, ocasionou, em grande parte dos doadores, insegurança, justificando a redução das doações, e portanto do estoque de sangue dos Hemocentros. Discussão: A redução das doações e consequemente do estoque de sangue chegou a 80% em diferentes localidades do país. Assim, alternativas, como o cancelamento de cirurgias eletivas, a busca por novos doadores e o afrouxamento de alguns critérios para a seleção de doadores foram adotados. Um conjunto de cuidados médicos com base em evidências denominado Blood Management (PBM) buscou otimizar as indicações clínicas para a transfusão de hemocomponentes. Conclusão: Os estudos atuais evidenciaram que a redução das doações de sangue teve impacto negativo na sociedade e comprometeu a integridade dos pacientes que necessitavam delas. Considerando, então, o contexto da pandemia, conclui-se que tal assunto é de suma importância, destacando-se a necessidade da implantação de medidas de proteção individual para risco biológico, que preservem os doadores, os receptores e os profissionais de saúde, envolvidos, tanto no processo de coleta, quanto na transfusão (ciclo do sangue). Gradativamente, é indispensável enriquecer as bases de dados com publicações, relacionadas ao tema abordado.
Palavras-chave: Infecções por Coronavírus; Transfusão de sangue; Doadores de sangue; Hematologia.