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Vol. 42. Issue S2.
Pages 283-284 (November 2020)
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MORTALIDADE POR SÍNDROME MIELODISPLÁSICA: UMA ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA
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T.C.A. Gomesa, J.F. Carneiroa, B.M.S. Gomesa, L.F.M. Moraesa, M.S. Castroa, P.P.R. Macêdoa, R.Q. Alcântaraa, Y.J.F. Freitasb, J.A.B. Leão-Cordeiroc, A.M.T.C. Silvaa
a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, GO, Brasil
b Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), Anápolis, GO, Brasil
c Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico de mortalidade, por síndrome mielodisplásica, no Brasil, segundo faixa etária e cor da pele, no período de 2014 a 2018. Materiais e métodos: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo quantitativo, com dados provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio do Sistema de Mortalidade (SIM/DATASUS). Foram analisados os dados de mortalidade por síndrome mielodisplásica, segundo faixa etária e cor da pele, no período de 2014 a 2018. Foram excluídas todas as mortes com idade e cor de pele ignoradas. Resultados: No período avaliado, foram registrados 4.383 óbitos por síndrome mielodisplásica, no Brasil. A cor da pele que apresentou maior número de mortes foi a branca, com 72,3% (n = 3.168); seguida pela parda, com 21,6% (n = 948); preta, com 4,7% (n = 208); amarela, com 1,2% (n = 53); e indígena, com 0,2% (n = 7). Em relação à faixa etária, a que apresentou maior percentual de óbitos foi a de 80 anos ou mais, com 1.414 (44,6%) óbitos para a cor branca; 292 (30,8%), para a parda; 75 (36,1%), para a preta; 31 (58,5%), para a amarela; já para indígenas, o maior número foi de 3 óbitos, entre 60 e 69 anos. Além disso, houve 174 óbitos com idade e cor da pele ignoradas, o que totalizaria 4.557 óbitos por síndrome mielodisplásica, no período de 2014 a 2018, no Brasil. Discussão: A síndrome mielodisplásica (SMD) se caracteriza por um grupo heterogêneo de doenças que apresentam hematopoese ineficaz, como citopenia periférica, displasia de progenitores hematopoiéticos, hipercelularidade na medula óssea, o que pode levar a um alto risco de conversão para leucemia mieloide aguda (LMA). O diagnóstico advém da suspeita, principalmente entre idosos, de anemia refratária, leucopenia ou trombocitopenia, sendo a comprovação definitiva advinda dos achados de alterações citogenéticas específicas e mutações somáticas. A análise socioepidemiológica da SMD ainda é rasa, pois conta com poucos estudos para um consenso mundial. Porém, estudos realizados em países europeus e nos Estados Unidos, com grandes populações, demonstram que a média da idade, de diagnóstico da doença, é acima dos 60 anos, chegando, nos Estados Unidos, a 76 anos. Além disso, em estudo realizado no Brasil, pôde-se perceber maior número de casos na cor de pele branca. Conclusão: Apesar de poucos estudos, nota-se que as pesquisas vigentes convergem para um perfil socioeconômico-cultural semelhante. Dessa forma, mais estudos epidemiológicos devem ser desenvolvidos para aumentar a precisão do perfil dos pacientes que possuem SMD e, assim, desenvolver manobras de contenção e cura da doença.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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