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Vol. 42. Issue S2.
Pages 420-421 (November 2020)
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Vol. 42. Issue S2.
Pages 420-421 (November 2020)
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O USO DE CAR-T CELL NO TRATAMENTO DE LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA: REVISÃO SISTEMÁTICA
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B.M.S. Gomes, J.F. Carneiro, M.S. Castro, T.C.A. Gomes, C.A. Martins, C. Puton, P.P.R. Macêdo, R.Q. Alcântara, P.P. Katopodis, A.M.T.C. Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, GO, Brasil
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Objetivo: Analisar o uso células-T dos receptores de antígenos quiméricos (CAR-T cells) no tratamento de leucemia mieloide aguda (LMA). Metodologia: Trata-se de revisão sistemática da literatura, com seleção de artigos científicos na base de dados PubMed, com a utilização dos descritores: “CAR-T cell AND acute myeloid leukemia”, tendo como critérios de inclusão artigos publicados no último ano. Foi encontrado um total de 18 artigos. Destes, 10 artigos foram incluídos por se adequarem melhor ao tema.

Resultados: Os estudos sugerem que a utilização de CAR-T cell tem grande potencial no tratamento da LMA. Um estudo, em específico, relatou a eficácia da combinação de células com CAR-T em uma menina de 6 anos, que apresentava LMA. Por outro lado, todos os estudos apontaram os efeitos citotóxicos, como a síndrome de liberação de citocinas (CRS), que dificultamo sucesso do tratamento. Além disso, tendo em vista a complexidade da doença, seu poder de evasão do sistema imunológico e do tratamento é alto. Um dos estudos sugeriua necessidade de encontrar um epítopo específico da leucemia que seja expresso de maneira consistente em nível celular individual. Isso porque o direcionamento multigênico aumenta os riscos de toxicidade hematológica, mas com provável reduçãoda chance de fuga do tumor.

Discussão: A LMA é uma neoplasia hematopoiética, caracterizada pelo aumento descontrolado de células blásticas mieloides na medula óssea. O curso clínico, o prognóstico e os padrões de progressão dessa doença variam entre os pacientes, dependendo da idade, do histórico genético, do subtipo/fase da doença, características citogenéticas e moleculares e a resposta do paciente à terapia anti-leucêmica inicial. O uso das células-T dos receptores de antígenos quiméricos (CAR-T cells) é uma nova estratégia que tem sido bem-sucedida no tratamento de pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA), no entanto, ainda há um desafio para tratar a LMA: a CRS. Como resposta à expansão dos blastos, que estimulam a secreção de citocinas anti-inflamatórias, a CRS é limitante da resposta imune à terapia com CAR-T cell, pois tais alterações metabólicas apoiam o crescimento e a sobrevivência das células leucêmicas. Uma alternativa viável para melhorar a eficácia dessa imunoterapia seria encontrar um epítopo específico da leucemia, para reduzir ao máximo os efeitos citotóxicos do tratamento em questão.

Conclusão: O desenho e os ensaios de imunoterapia são emergentes contra a LMA, tendo em vista a complexidade e necessidade de contenção da doença. A terapia celular com CAR-T cell vem demonstrando avanços, apesar dos estudos estarem em estágios iniciais. Dessa forma, deve-se dar prosseguimento a novos estudos, para aumentar a eficácia e reduzir a toxicidade ainda presente no tratamento com CAR-T cell.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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