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Vol. 42. Issue S2.
Pages 319 (November 2020)
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LINFOMA DE HODKING: RELATO DE CASO
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J.C.S. Lóssa, C.B.G. Fariaa, E.P. Lessaa, G.S. Dauairea, J.L.O. Riccoa, L.A. Cruza, L.C. Meiraa, L.S.S. Carvalhoa, L.F.G. Castroa,b, I.C. Machadoa,b
a Universidade Iguaçu (UNIG), Itaperuna, RJ, Brasil
b Hospital São José do Avaí (HSJA), Itaperuna, RJ, Brasil
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O presente estudo teve por objetivo analisar o caso de um paciente proveniente da onco hemato pediatria. A criança, com 7 anos e 4 meses de idade, apresentava linfonodomegalia inguinal esquerda desde 2018, confirmado por exame de imagem (ultrassonografia). Posteriormente reencaminhado a novos exames ultrassonográficos em 2019, percebeu-se o aumento da linfonodomegalia inguinal esquerda, quando então, o paciente foi submetido à cirurgia e direcionado o material à biópsia, sendo confirmado o diagnóstico de Linfoma de Hodgkin nodular linfocítico. As informações foram obtidas a partir da análise cuidadosa do prontuário do paciente, assim como revisão de literatura sobre o tema. Através deste estudo de caso clínico foi possível perceber que o diagnóstico diferencial é de grande relevância, bem como a importância do diagnóstico precoce, pois, quanto mais breve iniciar o tratamento quimioterápico, melhor o prognóstico do paciente. Linfoma de Hodgkin (LH) se trata de uma patologia que se origina no sistema linfático que, por sua vez, é o conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios), tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade, e vasos que conduzem essas células através do corpo, sendo o LH um câncer que tem a característica de se disseminar de forma ordenada, por meio dos vasos linfáticos. Desta forma, o linfoma de Hodgkin é uma doença linfoproliferativa maligna, cujo tecido afetado apresenta um infiltrado reativo representado por diferentes tipos celulares, incluindo linfócitos B e T, granulócitos, histiócitos, fibroblastos e estroma, que rodeiam a célula maligna característica da doença “a célula de Reed-Sternberg”. A célula de Reed-Sternberg é responsável de 1 à 2% da massa tumoral total. Registra-se que, como consequência da escassez dessa célula neoplásica, o estudo da etiopatogenia e da sua origem tem sido desafiador. Ademais, por muito tempo, a origem celular de Reed-Sternberg foi controversa, todavia, recentemente, foi demonstrado que é derivada, na maioria das vezes, de linfócitos B (Monteiro et al., 2016). A epidemiologia demonstra que linfoma de Hodgkin pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém, é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais), sendo que os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres. (INCA, 2020). Segundo o INCA (2020), a incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto que a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970, devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curado com o tratamento disponível atualmente. Diante do supracitado, o presente relato de caso clínico traz à baila o caso de uma criança do sexo masculino, 7 anos e 4 meses de idade, que apresentou linfonodomegalia dolorosa em região inguinal esquerda. Ressalta-se que o diagnóstico precoce colabora para a redução do estágio de apresentação do câncer. Por estas peculiaridades, destaca-se a importância de ter uma população devidamente informada aliada à aptidão dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas suspeitos de câncer, bem como o acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde. Ademais, é mister atentar para importância da anamnese e da escuta do paciente para que o diagnóstico seja assertivo, prezando pelo serviço médico humanístico e de qualidade.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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