A Policitemia vera (PV) pertence ao grupo das doenças mieloproliferativas, é caracterizada por uma proliferação monoclonal da stem-cell no setor eritroide e está associada ao aumento do risco trombótico e progressão para mielofibrose ou leucemia meroblástica aguda.

Trata-se de estudo quantitativo realizado em uma instituição estadual pública de referência no tratamento de doenças hematológicas localizada na Cidade do Rio de Janeiro. A produção de dados foi desenvolvida de janeiro a dezembro de 2019, mediante Análise Documental de 103 prontuários dos pacientes matriculados no Hemorio com Policitemia vera. Os prontuários foram analisados individualmente com foco nas comorbidades, na idade e sexo dos pacientes. Para análise os dados foram apresentados em planilhas Excel seguidos de análise estatística simples que “é um conjunto de técnicas que permite, de forma sistemática, organizar, descrever, analisar e interpretar dados oriundos de estudos ou experimentos, realizados em qualquer área do conhecimento” (SANTOS, 2012). Tendo como objetivo primário o levantamento de comorbidades em pacientes com Policitemia Vera, matriculados no Hemorio, e como objetivo secundário, Analisar as características dos pacientes com Policitemia vera que apresentam comorbidades, matriculados no Hemorio.

Após a análise dos 103 prontuários cadastrados no Hemorio como Policitemia vera, ressalta-se a prevalência do sexo feminino com porcentagem de 52,74%. Em relação à faixa etária acima de 60 anos tivemos 67% da população estudada. Dos prontuários analisados foram observados quatro óbitos, quatro pacientes que não comparecem ao Hemocentro há mais de quatro anos, e quatro evoluções para outros diagnósticos: um caso de evolução para Mielofibrose, um para Trombocitemia essencial e dois para Leucemia mieloide crônica. Seguimos a análise documental com 91 pacientes que apresentavam o prontuário ativo de Policitemia vera (PV): 61 pacientes apresentam 60 anos ou mais e 30 pacientes são menores que 60 anos; 43 pacientes são do sexo masculino e 48 pacientes do sexo feminino apresentam comorbidades, também há pacientes que só apresentam a PV sem nenhuma comorbidade. Ressalta-se que as comorbidades muitas vezes são as responsáveis pela internação dos pacientes com PV.