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Vol. 42. Issue S2.
Pages 388-389 (November 2020)
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FREQUÊNCIA DE ANTICORPOS ANTIERITROCITÁRIOS IDENTIFICADOS NO INSTITUTO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DE BELÉM – IHEBE
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J.M.O. Macêdo, L.N. Guimarães, T.M. Costa, T.J.L. Vale, M.D.S.O. Cardoso, M.D.S.R.F.E. Ferreira, E.J. Cardoso, J.C.P.S. Filho, M.C. Azevedo, R.L. Oliveira
Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Belém (IHEBE), Belém, PA, Brasil
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Introdução: A aloimunização eritrocitária é uma reação transfusional tardia, na qual o receptor apresenta uma resposta imunológica contra antígenos eritrocitários do doador, por meio da formação de anticorpos contra o antígeno estranho. O risco dessa reação depende da exposição do receptor ao antígeno non self e de sua imunogenicidade. A reação ou não do sistema imunológico do receptor depende de genética do paciente, dose, número e frequência de transfusões de sangue. Dentre os aloanticorpos antieritrocitários, os dirigidos contra antígenos dos sistemas Rh, Kell, Duffy e Kidd possuem grande importância clínica, por reagirem a 37°C e serem passíveis de hemólise no receptor de sangue. Diante do impacto que esses anticorpos podem causar no processo transfusional, a identificação das especificidades dos aloanticorpos é etapa fundamental para uma seleção segura de hemácias compatíveis. Metodologia: Foram analisadas todas as identificações de anticorpos irregulares feitas pelo Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Belém (IHEBE) no período de Abril/2019 a Julho/2020. Um total de 75 pacientes apresentaram pesquisa de anticorpo irregular positiva e foram testados com painel de hemácias pelo método gel teste, meio AGH. Os resultados foram registrados em planilha do Microsoft Excel 2013 e foram contabilizadas a frequência das especificidades dos anticorpos identificados no Serviço de Hemoterapia. Resultados e discussão: No período analisado, 75 pacientes (100%) apresentaram pesquisa de anticorpo irregular positiva. Os anticorpos puderam ser identificados em 56 deles, sendo o anticorpo Anti-E o mais frequente, identificado em 15 ocasiões (20%); a combinação entre Anti-D e Anti-C 9 vezes (12%), Anti-K 8 vezes (10,7%), Anti-D 7 vezes (9,3%), Anti-C 4 vezes (5,3%) e Anti-M 3 vezes (4%). Outros 7 anticorpos (9,3%) foram identificados, porém com frequência menor: Anti-S em dois pacientes (2,6%); Anti-e, Anti-c, Anti-Fyb, Anti-Jka e Anti-P1 isoladamente em 5 pacientes distintos. Em três casos (4%), foi observada associação de anticorpos em receptores diferentes: Anti-C -e, Anti-C -Lea e Anti-c -Jka. Em 19 casos (25%) não foi possível a identificação dos anticorpos, tendo situações como a anemia hemolítica autoimune (AHAI), painel de hemácias não reagente ou reagente em configuração não disposta no diagrama de identificação como limitações na identificação dos anticorpos. Observa-se que perfil semelhante ocorre em outros serviços de hemoterapia pelo país, evidenciando o grande potencial imunogênico dos antígenos do sistema Rh e Kell. A frequência dos anticorpos antieritrocitários pode variar de acordo com a população, uma vez que a distribuição antigênica populacional tem relação direta com os aloanticorpos formados. Conclusão: Os antígenos D, C e E do sistema Rh e K do sistema Kell foram os mais frequentes em nossa identificação.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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